Mulher cortando um tecido ao fundo e em primeiro plano uma bolsa bordada com a palavra liberdade e um ipê.

SomosCoop na Estrada lança último episódio da segunda temporada

O episódio de encerramento da segunda temporada da websérie SomosCoop na Estrada já está no ar. Nele, Glenda Kozlowski faz a sua parada na Coostafe, em Ananindeua, uma cooperativa social que atua com mulheres detentas do sistema prisional do Pará para garantir inclusão socioeconômica e transformação social dentro e fora da carceragem. O episódio retrata histórias inspiradoras de mulheres que viviam sem nenhuma perspectiva e que, a partir do cooperativismo, aprenderam um ofício para reconstruir suas vidas e não reincindir no crime.

“A ideia de montar a cooperativa foi exatamente para fortalecer e solidificar o trabalho das detentas. E isso tem acontecido porque a coop representa a união de mulheres em torno de um só propósito: desenvolver trabalhos artesanais, roupas e assessórios e apresentar isso para a sociedade, iniciando o processo de ressocialização das detentas”, conta Leilane Barbosa Sales, cooperada da Coostafe. “Estou há dois anos aqui. Quando cheguei não sabia nada. Agora, quando sair daqui, quero criar uma outra cooperativa de artesãs”, relata Nilse Irena da Silva.

A importância da ressocialização dentro do cárcere é demonstrada em números. Atualmente, a cooperativa atende 24 detentas, mas dentre outras 280 mulheres que fizeram parte da Coostafe e já cumpriram a sua pena o índice de reincidência é zero. “Existe muito preconceito com pessoas que saem do cárcere. Na cooperativa eu senti essa oportunidade de recomeçar a minha vida aqui fora. Lá, eu aprendi várias coisas e a me tornar uma nova mulher. Hoje estou terminando meus estudos e quero fazer uma parceria com as cooperadas da Coostafe para unirmos nossos trabalhos e montarmos uma loja”, diz emocionada a artesã Raiza Moreira Lima que se formou com a cooperativa.

“Por onde eu ando nesse país, o cooperativismo sempre mostra que pode transformar a vida das pessoas. No Pará, o coop empodera mulheres que sequer sonhavam. É o coop contribuindo para a valorização humana, preparando essas mulheres para um futuro muito melhor. Impossível não se emocionar”, afirma Glenda ao final do episódio.

Expedição

A segunda temporada do SomosCoop divulgou seu primeiro episódio em junho. As histórias que mostram o jeito diferente de fazer negócios do cooperativismo retrataram o dia a dia de cooperativas do Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No primeiro episódio, gravado no Centro-Oeste, São Gabriel do Oeste, pequeno munícipio de Mato Grosso do Sul foi o destaque. A cidade se desenvolveu e cresceu impulsionada pelo cooperativismo e Glenda detalha como funcionam a Cooasgo, Cooperoeste, Sicredi Celeiro, Sicoob, Coop de Transporte e OCB/MS. São Gabriel do Oeste é tão representativa do que o cooperativismo pode fazer que inspirou, inclusive, o diretor da novela global Terra e Paixão, Walcyr Carrasco. 

Em Maringá e Dois Vizinhos, no Paraná, a expedição explorou as ações de sustentabilidade e gestão desenvolvidas pelas cooperativas Cocamar e Cresol. As práticas de ESGCoop - respeito ambiental, cuidado social e boa administração dos negócios - são a tônica da Cocamar. Suas ações são direcionadas à baixa emissão de carbono e Glenda mostra como funciona a usina de biodiesel local, que segue parâmetros internacionais de sustentabilidade. A Cresol, por sua vez, conta com projetos que ajudam seus cooperados em processos de gestão para melhorar resultados, entre eles o Empreendedorismo Rural e Urbano, voltado para o desenvolvimento de boas práticas dentro das propriedades.

No quarto episódio, a coop visitada foi a Camta, localizada em Tomé-Açu, no Pará. A viagem reservou uma verdadeira imersão no sistema agroflorestal que é referência internacional e que, além de preservar o meio ambiente com suas práticas de sustentabilidade, contribui para o fortalecimento econômico de comunidades ribeirinhas e da população local. A floresta de pé vem promovendo um verdadeiro conceito de desenvolvimento sustentável. 

A próxima parada foi em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Dessa vez, Glenda testemunhou uma experiência especial de intercooperação entre a Cotrijal e a Coeducars. Em seu terceiro ano de existência, o projeto Viveiro da Cidadania estimula a contratação de pessoas com deficiência (PCDs) formadas na cooperativa. O episódio traz depoimentos de quem já se beneficiou com a iniciativa e viu sua vida mudar completamente. Um segundo projeto de intercooperação que levou a Cotrijal a incorporar a Coagrisol também fez parte do roteiro.

No sexto episódio, Glenda visitou o município de Blumenau, em Santa Catarina. O objetivo foi conhecer e retratar o funcionamento do cooperativismo financeiro com o Sistema Ailos. A central de coops é responsável por 62% do mercado da região e atua com forte interesse na comunidade em seus mais variados projetos. A cidade respira cooperativismo e algumas das iniciativas que transformam vidas no local fazem parte dos testemunhos que a jornalista destaca em suas andanças.

O município de Ibirubá, também no Rio Grande do Sul, foi cenário do penúltimo episódio. Nele, Glenda conferiu o trabalho da cooperativa gaúcha de infraestrutura, Coprel. O capítulo evidencia histórias de transformação no campo com a oferta de energia e soluções telecom para quem está distante dos grandes centros.

E vem aí a terceira temporada! A expedição pretende retratar novas histórias de cooperativas em estados no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Pernambuco. Dessa vez, Glenda vai desembarcar em coops do agro, de transporte, de saúde, de trabalho, de infraestrutura, e de músicos, além de apresentar cases de produtores que já exportam seus produtos.

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