5 motivos para comprar produtos de cooperativas
As cooperativas fazem parte do dia a dia dos brasileiros. Em 2024, uma pesquisa do Sistema OCB revelou que 77% dos entrevistados conheciam pelo menos uma coop e que para 63% das pessoas o fato de um produto ser cooperativista influencia diretamente sua decisão de compra.
O cooperativismo produz alimentos e bebidas – como grãos, carnes, lácteos, café e vinho –, roupas, calçados, acessórios, móveis, peças artesanais, além de serviços nas áreas de educação, saúde, finanças e infraestrutura. Todos eles têm um diferencial: são feitos de forma justa, inclusiva e sustentável.
“O cooperativismo é um modelo de negócios que tem o que o novo consumidor busca: confiança e propósito. Além da qualidade dos seus produtos e serviços, as cooperativas se destacam por valorizar a sustentabilidade, diversidade, inclusão, transparência e atendimento ao cliente. E cada vez mais brasileiros estão fazendo essa escolha”, afirma a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.
Identificar os produtos das cooperativas é fácil: eles têm o carimbo SomosCoop, uma marca nacional que garante a identidade cooperativista, representa confiança, ética, responsabilidade social e compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Reunimos 5 motivos para mostrar que comprar de cooperativas é um bom negócio, com exemplos práticos:
1- Garantia de qualidade e procedência
Quando você escolhe o produto ou serviço de uma cooperativa pode ficar tranquilo sobre a origem e as condições adequadas de produção. No cooperativismo, as pessoas estão em primeiro lugar e isso faz a diferença para quem produz e quem consome. As cooperativas valorizam boas práticas, respeitam normas sanitárias, ambientais e trabalhistas e têm compromisso com a qualidade. Muitas coops também têm produtos com certificação de origem e rastreabilidade, que permitem identificar com precisão onde e como um produto foi feito.
Na Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Paiter Suruí (Coopaiter), que atua na Terra Indígena Sete de Setembro – divisa entre Rondônia e Mato Grosso – 200 cooperados indígenas produzem café e castanha de forma sustentável, em meio à floresta. O café da cooperativa já recebeu um prêmio nacional e abastece a maior indústria do país.
2 - Valorização do trabalho justo e da produção sustentável
As cooperativas geram emprego e renda e promovem o trabalho decente. Segundo dados do Anuário do Cooperativismo 2024, as coops brasileiras geram 550.611 empregos diretos e pagam cerca de R$31 bilhões em salários e encargos. Tudo isso sem abrir mão de processos que garantem a preservação do meio ambiente, com o uso responsável dos recursos naturais, valorização da energia renovável, gestão de resíduos e práticas agrícolas sustentáveis, promovendo um ciclo produtivo responsável e consciente.
A Coopercitrus, gigante do ramo agropecuário, é reconhecida internacionalmente por práticas sustentáveis e uso de tecnologias inovadoras para promover a agricultura regenerativa. A cooperativa promove o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas e utiliza técnicas como o plantio direto, que protege o solo e ajuda a evitar a emissão de gases de efeito estufa.
3- Consumo com propósito
O consumidor consciente busca marcas que têm compromisso verdadeiro com as pessoas e com a sustentabilidade. As cooperativas estão alinhadas a essa demanda e têm seu papel para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com um modelo de negócios que valoriza a diversidade, a inclusão e a distribuição justa dos resultados, as coops têm contribuído para a redução da pobreza, combate à fome, igualdade de gênero, educação de qualidade, trabalho decente e outras metas globais.
A Sabor do Canto, cooperativa formada em Belo Horizonte (MG), é um exemplo de como o cooperativismo pode ser uma ferramenta de transformação social. Criada para organizar e oferecer oportunidades a pessoas em situação de rua, a coop produz lanches e presta serviços de alimentação para eventos. Parte da produção é destinada para Centros de Referência para Pessoas em Situação de Rua da região central da capital mineira.
4- Fortalecimento da economia local
Cada vez que você escolhe o produto de uma cooperativa, essa decisão tem impacto sobre toda a comunidade. Um estudo do Sistema OCB e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) comprovou que a presença do cooperativismo melhora os indicadores econômicos de um município. De acordo com a pesquisa, cidades com cooperativas têm, em média, um incremento de R$ 5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante e um adicional de 28,4 novos empregos formais por 10 mil habitantes. Onde tem coop, há geração de valor e mais prosperidade para as pessoas.
No interior da Bahia, em Uauá, um pequeno município de 25 mil habitantes, a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) reúne 285 famílias de agricultores, que produzem umbu e maracujá do mato e transformam as frutas em doces, compotas, geleias, sucos e polpas. Com a cooperativa, os produtores garantem acesso a mercados e preços justos. Além dos benefícios diretos para os cooperados, a Coopercuc gera impacto positivo para mais de 2,5 mil pessoas na cidade, com ações de desenvolvimento sustentável, geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar na região.
5- Distribuição justa dos resultados entre quem produz
Ao contrário de empresas tradicionais, as cooperativas distribuem seus resultados entre os cooperados – que são sócios e donos do negócio – promovendo justiça econômica. Em todos os segmentos em que o cooperativismo atua, o princípio é o mesmo: cada cooperado recebe uma parte dos resultados proporcionalmente à sua contribuição e tem mais oportunidades de prosperar. O impacto dessa forma de gestão é ainda mais visível entre pequenos empreendedores e profissionais que formam cooperativas para alcançar mais consumidores e mercados.
Nas cooperativas de crédito – como Sicredi, Sicoob, Ailos, Cresol e Unicred – os resultados financeiros (as chamadas sobras) são distribuídos entre os cooperados diretamente na conta, ao final de cada ano. Além disso, uma parcela significativa dos recursos é reinvestida nas comunidades, financiando projetos e iniciativas que beneficiam diretamente os cooperados e suas famílias.