Quem levanta a bandeira do cooperativismo no Brasil?

Atenção! Não mexe com as cooperativas porque elas não andam sós! Se as micro e pequenas empresas têm o Sebrae e as indústrias têm a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as cooperativas contam com o apoio estratégico do Sistema OCB, uma instituição que trabalha pela representação e pelo fortalecimento do cooperativismo brasileiro. 

Na prática, o Sistema OCB é formado por três casas: 

  • Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que atua em prol do cooperativismo junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, representando nosso modelo de negócios dentro e fora do país.
  • Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) — entidade do Sistema "S" que oferece soluções para a competitividade e sustentabilidade das cooperativas por meio de ferramentas de monitoramento da governança, gestão e desempenho financeiro, soluções de educação profissional, executiva e aprendizagem, além de diretrizes para promoção social. A entidade tem também como objetivo promover e divulgar a cultura cooperativista.
  • Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) — organização sindical de grau máximo das cooperativas, criada para defender os interesses da categoria e promover a integração entre as federações e os sindicatos de cooperativas.

Essas três instituições atuam de forma coordenada para garantir a representatividade, a competitividade e a defesa institucional do cooperativismo brasileiro. Um trabalho que se traduz pelo seguinte slogan: "somos a voz do cooperativismo no Brasil".

E vale destacar: o Sistema OCB também não anda só. Ele atua em conjunto com 27 Organizações Estaduais, que zelam pelo fortalecimento e crescimento das cooperativas de seus respectivos estados. Essas organizações também dialogam diretamente com as cooperativas e cooperados, trazendo as demandas da base cooperativista para a equipe do Sistema OCB. Assim, conseguimos ter uma visão abrangente dos desejos e anseios das cooperativas de cada estado e de cada região do país.

UM POUCO DE HISTÓRIA



Fachada da sede do Sistema OCB, em Brasília

Fachada da sede do Sistema OCB, em Brasília

O Sistema OCB nasceu em 1969 com a criação da OCB, que surgiu para unificar a representação das cooperativas brasileiras, até então dividida entre duas entidades. A união deu força ao nosso modelo de negócios, que desde então cresce ininterruptamente em tamanho e relevância no Brasil.

Entre as principais conquistas da OCB, está a elaboração e a aprovação pelo governo federal da Lei Geral das Cooperativas (Lei 5.764/1971), que trouxe segurança jurídica para o cooperativismo brasileiro. A partir dessa regulamentação, a OCB pôde organizar as Organizações Estaduais e as cooperativas passaram a se enquadrar como um modelo de negócios, possibilitando sua expansão econômica.

Anos depois, na discussão da nova Constituição do Brasil, promulgada em 1988, a OCB mais uma vez liderou um movimento em prol do cooperativismo e garantiu mais um marco na história do movimento: a autogestão cooperativista. Desde então, as cooperativas brasileiras ganharam maior autonomia de gestão, podendo definir seus rumos internamente, nas chamadas Assembleias Gerais — reunião anual com pelo menos 2/3 do total de cooperados ou com os representantes destes (delegados escolhidos por seus pares). Nesses fóruns, cada cooperado pode dar sua opinião e voto para a definição das estratégias do negócio e também para a aprovação das contas da organização. 

No ano seguinte, em 1989, a OCB se filiou à Aliança Cooperativa Internacional (ACI), levando o cooperativismo brasileiro para além das fronteiras do país e passando a participar da definição das diretrizes do cooperativismo mundo afora.

Com a OCB consolidada e atuante na promoção e fortalecimento do cooperativismo, uma nova instituição foi criada para ampliar a representatividade do setor. Em 1998, nasce o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), que colocou o cooperativismo no chamado Sistema S, uma rede de instituições de prestação de serviços à sociedade. 

Com o Sescoop, o cooperativismo passou a investir fortemente na capacitação de cooperados. Com a missão de promover a cultura cooperativista e o aperfeiçoamento da governança e da gestão para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras, o Sescoop atua no monitoramento das cooperativas, na formação profissional e na promoção social dos cooperados e suas comunidades

Terceira casa do Sistema OCB, a CNCoop foi criada em 2011, e é o órgão de terceiro grau de representação sindical das cooperativas, do qual também fazem parte federações e sindicatos. A  CNCoop atua na defesa extrajudicial e judicial de direitos e interesses, individuais ou coletivos, da categoria econômica do setor, em todo o território nacional. 

Representação parlamentar

Foto da sessão de constituição da nova Frencoop: 325 parlamentares abraçaram o cooperativismo

Foto da sessão de constituição da nova Frencoop: 325 parlamentares abraçaram o cooperativismo

Além da representação institucional, o cooperativismo também tem seus porta-vozes no Congresso Nacional, por meio da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) — bancada suprapartidária formada por deputados e senadores que abraçaram a causa cooperativista. 

Criada em 1986, na atual legislatura a Frente tem 285 deputados e 40 senadores. O grupo atua de forma articulada e transparente com uma equipe de cientistas políticos da OCB para garantir que o cooperativismo esteja na agenda do Parlamento na discussão de leis que impactam o setor.

A última conquista do Sistema OCB em atuação conjunta à Frencoop foi na aprovação da Reforma Tributária, com a inclusão de dispositivos que consideram a necessidade do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo no texto da PEC 45/19. A proposta de reforma segue agora para análise do Senado Federal, mas o texto aprovado já reconhece a não incidência de tributação do ato cooperativo, que consiste nas ações praticadas entre as cooperativas e seus cooperados. Um importante reconhecimento para o modelo de negócios cooperativo.

 

Capacitar para crescer

Casa do Sistema OCB responsável pela capacitação, o Sescoop tem uma plataforma de educação à distância que disponibiliza informação e conteúdo cooperativista a um click de distância dos cooperados. 

Lançada em 2020, em plena pandemia, quando o mundo inteiro teve que ficar em casa e reinventar formas de trabalhar e estudar, a plataforma CapacitaCoop já tem 140 cursos gratuitos disponíveis para os cooperados. 

Os conteúdos disponibilizados no ambiente virtual do Programa de Educação a Distância do Sescoop abrangem temas ligados ao cooperativismo em diversas áreas, de legislação e tributos à inovação e desenvolvimento pessoal. Todos os cursos têm certificado emitido pelo Sescoop.

SomosCoop em todos os lugares

Garantir ao cooperativismo uma marca forte, consolidada e reconhecida pelos brasileiros também é uma tarefa de representação. É por isso que desde 2017 o Sistema OCB adota a marca Coop, lançada pela Aliança Cooperativa Internacional como um símbolo único e global do cooperativismo. Com as duas letras "o" entrelaçadas como elos, a marca coop traduz a força e a união do movimento cooperativista. 

No Brasil, a marca está presente no carimbo SomosCoop, que identifica cooperativas e produtos e ajuda a marcar a presença do cooperativismo. Com o movimento SomosCoop, o Sistema OCB tem fortalecido as estratégias de comunicação para aumentar o engajamento das coops, mostrar a abrangência do cooperativismo no país e estimular o consumo de produtos e serviços cooperativistas. 

E sabe qual o melhor jeito de fazer tudo isso? Mostrando na prática, entrando nas cooperativas e vendo de perto como elas estão ajudando a transformar o Brasil com um modelo de negócio mais justo e sustentável. Na websérie SomosCoop na Estrada, a jornalista Glenda Kozlowski viaja pelo país a bordo de um off road cooperativista e mostra maneira descontraída como é o dia a dia das cooperativas, o trabalho dos cooperados e as transformações que o cooperativismo leva às comunidades. 

Na primeira temporada, foram mais de 6 mil quilômetros rodados em cinco estados. Atualmente, Glenda Kozlowski está no ar com a segunda temporada com episódios de Norte a Sul a do Brasil e ainda vai viajar muito em 2023 para visitar mais cooperativas Brasil afora. 

Veja todos os episódios da primeira temporada da websérie SomosCoop na Estrada e acompanhe aqui a segunda parte dessa jornada pelo cooperativismo. 

 
 
 

Com o coop elas vão além!

As mulheres são poesias vivas. A história de cada uma daria um livro recheado de desafios e conquistas que inspiram. Por isso, para celebrar o impacto da participação feminina nos resultados positivos das cooperativas, escolhemos, neste 8 de março, três atrizes para declamar, em formato de cordel, a história de três cooperadas que são destaque no reaproveitamento de resíduos sólidos, na manutenção de aeronaves e na produção de alimentos orgânicos.

Estas histórias inspiradoras reafirmam que lugar de mulher é mesmo onde ela quiser e que estimular a presença delas em cargos de liderança tem rendido bons frutos para o coop. Então, para transformar em poesia as histórias destas mulheres, as atrizes convidadas são a brasiliense Rafaela Mandelli, a paraibana Mayana Neiva, e a paulista Duda Santos. A ação acontece nas redes do SomosCoop nas redes sociais do SomosCoop (Facebook e Instagram), com a hashtag #ComOCoopElasVaoAlem.

 

Reduzir, reutilizar e reciclar

A presidente da Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF e Entorno (Centcoop-DF), Aline Souza, ficou bastante conhecida por passar a faixa presidencial para Lula, no dia 1º de janeiro. Esse reconhecimento corresponde há anos de luta em defesa dos catadores, hoje denominados agentes ambientais.

Desde os 14 anos ela é cooperada, assim como sua mãe e avó. Aos 33 anos já participou de missões internacionais para troca de conhecimentos e experiências que otimizam os trabalhos da coop de recicláveis em todo o mundo. Aline integra também a Secretaria Nacional da Mulher e Juventude da Unicatadores e é uma das representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).

Orgânicos, rastreio e ganho de escala

Degustar produtos 100% orgânicos nos dias de hoje é um verdadeiro privilégio. O consumidor da atualidade quer ter a certeza de que está ingerindo alimentos de boa qualidade e que, durante o processo produtivo, preservaram o meio ambiente. Esta prática é hábito presente na Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar Orgânica Agroecológica (Coopcafa), mesmo quando ainda não passava de uma pequena associação. A ideia da criação da cooperativa, em 2011, foi incentivada por Nadjanécia Santos que preside a coop desde então.

Ela, que aos 30 anos está em seu terceiro mandato, conseguiu contornar crises nacionais como a sanitária e a inflacionária. Mesmo diante da pandemia, a Coopcafa cresceu e vende cana-de-açúcar, frutas e legumes variados para órgãos públicos, em projetos que atendem comunidades de baixa renda. Parte da produção também é vendida para uma grande rede privada de supermercados, que distribui os alimentos para todo o país.

Aviação, inovação e novos ares

O segmento de aviação historicamente conta, em sua maioria, com as mulheres para atender o público como comissárias de bordo. A presidente da Cooperativa dos Prestadores de Serviços Autônomos de Lagoa Santa (Coopresa), Lívia Maria Duarte, trouxe nova dinâmica para o ramo no município. Ela se associou à coop aos 18 anos, por incentivo de seu pai, e sua dedicação e formação acadêmica possibilitaram o crescimento dela e da coop simultaneamente. Lívia também é professora do curso de Engenharia Aeronáutica, na PUC de Minas.

Com a gestão de Lívia, a coop mineira, que há mais de 20 anos vem prestando serviços e componentes para a aviação, teve um ganho de associados, inovações e até mesmo intercooperação com coops do ramo na Costa Rica. A coop que contava com 25 associados, em 2019, hoje soma 400 mecânicos de ambos os sexos. Engrossando o caldo do coop mineiro, Lívia integra o Comitê de Mulheres Cooperativistas do Sistema Ocemg e está presente em cursos e programas da entidade para incentivar a participação feminina dentro do movimento.

Estímulo

A participação das mulheres no movimento coop vem crescendo ano após ano. Hoje, dos mais 18 milhões de cooperados registrados no país, 40% são mulheres. O segmento em que elas estão mais presentes são os de Saúde (46%), Consumo (45%), Crédito (43%), Serviços (43%), Infraestrutura (30%), Agropecuária (16%) e Transporte (8%). Em cargos de liderança, elas representam 24% em média, sendo, na área de produção e serviços, 38% das funções de gerência.

O coop brasileiro tem em seu programa nacional o estímulo à criação de núcleos femininos dentro das cooperativas, a partir do Comitê Nacional de Mulheres, o Elas Pelo Coop. Há ainda programas para aumentar a participação delas em cargos estratégicos como os de liderança.

Acesse as redes do SomosCoop (Facebook e Instagram) e confira as histórias!

 
 
 
 
 
 
 
 
#BoraCooperar!
#BoraCooperar!

#BORACOOPERAR?

Os benefícios do coop em prol do desenvolvimento socioeconômico do Brasil tem sido cada vez mais conhecido e reconhecido pela sociedade. E não é para menos! Nosso movimento é mesmo o modelo de negócios mostra, a cada dia, sua força na produção de alimentos, no atendimento à saúde, na inclusão financeira das pessoas, no cuidado ambiental e em muitos outros segmentos econômicos do nosso país. Então, nada mais natural do que o convite #BoraCooperar? 

 

Esse é o mote da nossa campanha 2023 que traz a participação de ex-big Brothers com importante expressão nas redes sociais para contar como o cooperativismo está em todos os setores da economia, incluindo nos seus contextos profissionais. O objetivo é gerar uma conexão com o coop de forma educativa com a reflexão:

"E se em vez de competir a gente decidisse cooperar?"

Thelma Assis, a Thelminha do BBB 20, falará sobre Saúde. O professor João Luiz, do BBB 21, explicará a importância da pauta educacional. Já o empreendedor do agronegócio e ex-BBB 21, Caio Afiune, contará sobre as oportunidades do agro.

E, para gerar ainda mais engajamento e burburinho em torno da hashtags, os canais de fofoca Gossip do Dia e Alfinetei vão divulgar as ações dos ex-brothers. Para completar, o cooperativismo ganhou um jingle especial formatado em quatro diferentes gêneros: funk, pop, sertanejo e piseiro.

Além das redes sociais, a campanha também estará presente em rádios, TVs, outdoors e busdoors de todo o país.

Então, vem com a gente? #BoraCooperar!