Valor Econômico e O Globo reforçam importância do cooperativismo para o país

Nosso jeito diferente de fazer negócios ganhou novo destaque na imprensa e recheou páginas de de cadernos especiais produzidos pelos jornais Valor Econômico e O Globo. As matérias citam desafios do modelo de negócios, o reconhecimento internacional, os benefícios para cooperados e comunidades onde as cooperativas estão localizadas, além de oportunidades em diferentes setores que podem ser aproveitadas pelo movimento e por quem busca uma atividade econômica coletiva e com propósito.

Valor Econômico

Cooperativas buscam primeiro R$ 1 tri, que poderá chegar antes do previsto é o título da reportagem de capa do caderno especial do Valor Econômico. O texto faz referência ao Desafio BRC 1 Tri de Prosperidade, lançado pelo Sistema OCB que visa alcançar movimentação financeira de R$ 1 trilhão, congregar 30 milhões de cooperados e gerar 1 milhão de empregos até 2027. A matéria também destaca que o cooperativismo tem sucesso notório e aponta os atuais números do movimento.

 Outro destaque é a matéria Profissionais de TI em cooperativas buscam inovação em equipe. De acordo com o texto, o maior desafio do segmento é combater a falta de conhecimento do mercado sobre o modelo de trabalho nesse setor e a necessidade de transformação digital, que pode levar as cooperativas a aproveitarem novas oportunidades de negócios. Segundo entrevista com a analista técnico-institucional do Sistema OCB, Priscilla Silva Coelho, essas coops começaram a surgir em 1990 e ganharam força a partir de 2010.

A presença de cooperativas no ranking das 300 maiores empresas do mundo também rendeu texto específico no caderno especial do Valor. O texto Ranking das 300 maiores do mundo tem 9 cooperativas compartilha que nove coops brasileiras marcam posição na lista. O Sistema Unimed ocupa a 31ª posição com volume de negócios de US$ 14,8 bilhões e  é  a quarta maior emprega do segmento de Saúde. No ranking também estão a Coopersucar (60º lugar), Coamo (126º), Sicoob (137º), Sicredi (142º), Cooperativa Central Aurora de Alimentos (156º), C. Vale (183º), Cooperativa Agroindustrial LAR (199º) e Comigo (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano, (272º).

Os Sistema Unimed  e Uniodonto são citados na matéria Cooperativas de agro e saúde estão entre as que mais crescem. O jornal apresenta dados do World Cooperative Monitor (WCM), produzido pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e pelo Instituto Europeu de Pesquisa em Cooperativas e Empresas Sociais (Euricse) para mostrar que a Unimed integra o grupo das 22 cooperativas com maior volume de negócios.

As cooperativas são estratégicas para preservar a biodiversidade, segundo entrevista realizada com o pesquisador Alair Ferreira de Freitas, da Universidade Federal de Viçosa, que compõe a matéria Cooperativas são estratégicas para preservar biodiversidade, diz pesquisador. Alair pesquisa o papel das cooperativas de agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais no desenvolvimento sustentável da Amazônia e que dar visibilidade para essas cooperativas. “Queremos mostrar como elas são importantes para manter a floresta em pé”, afirma.

O pesquisador também cita o Radar de Financiamento, plataforma do Sistema OCB que lista oportunidades de incentivo à pesquisa e desmistifica a burocracia para acesso aos recursos públicos. Atualmente, há 142 oportunidades de financiamento e 56 delas trazem especificação de projetos ligados às práticas ESG (respeito ambiental, cuidado social e boa governança).

As vantagens do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo foram retratadas na matéria Rede aumenta participação no sistema financeiro, que demonstra o caráter inclusivo dessas organizações que têm papel central na oferta de produtos e serviços bancários em pequenos e médios municípios.  Outra reportagem sobre o segmento, aponta que ele representa 48% do total de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinados aos dois últimos Planos Safras.

Segundo o texto, as cooperativas são fundamentais para que os recursos sejam distribuídos por conta de sua capilaridade. “A principal modalidade utilizada para levar recursos até o campo e ao pequeno agricultor é a que se vale da intermediação de cooperativas de crédito rural credenciadas. Em três anos, o montante repassado por esses agentes mais que dobrou, saindo de R$ 5,6 bilhões na safra 2019/2020 para R$ 12,1 bilhões na safra 2022/2023, incluindo programas federais operados pelo BNDES e linhas permanentes que utilizam recursos próprios, como o crédito rural”.

O Globo

O caderno especial publicado pelo jornal O Globo também apresenta matérias sobre a força do modelo de negócios cooperativista e apresenta diversos cases e entrevistas com personagens cooperados que comprovam como o movimento consegue, de fato, gerar trabalho, renda e promover prosperidade. O principal destaque do caderno é a matéria Cooperativas crescem e trilham rota da inclusão social, que apresenta dados gerais sobre o cenário atual do cooperativismo na atualidade.

A reportagem Cooperativas ganham mercado no exterior divulga dados importantes sobre o crescimento da participação do setor no mercado internacional, além de cases de sucesso como os da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), em Minas Gerais, que exporta café, da Cooperativa de Produção,Economia Solidária de Agricultura de Campo do Brito (Coofama), em Sergipe, que comercializa mandioca para os Estados Unidos, da Coplana (SP), que produz amendoim com foco na Europa e da Cooperativa Agroindustrial APPC, em Pilar do Sul (SP), que vende frutas para a Europa, Oriente Médio e Ásia, além do Canadá.

A inclusão social promovida pelas cooperativas para pessoas em situação de vulnerabilidade também é destacada na matéria Cooperativas se profissionalizam e viram fonte de renda e inclusão para catadores. Já a reportagem Em busca de mais eficiência na gestão mostra como as cooperativas de transporte estão investindo para aprimorar seus serviços, impulsionar suas atividades e enfrentar a concorrência.

 

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