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Games interativos ensinam cooperativismo para crianças e jovens

Como apresentar o cooperativismo de forma lúdica e atrativa para crianças e jovens e mostrar a esse público as vantagens dessa forma de pensar, produzir e consumir? A resposta a esse desafio está no Jogar+Aprender, um ambiente digital que reúne todas as ferramentas educacionais desenvolvidas pelo coop brasileiro, entre elas dois novos games que combinam informação e interatividade.  

Com uma página especial dentro da CapacitaCoop, a plataforma de ensino a distância do cooperativismo brasileiro, a solução educacional Jogar+Aprender completou um mês no ar e oferece materiais didáticos, cursos, vídeos, brincadeiras, jogos tradicionais e digitais. Os conteúdos são baseados nos princípios e valores do cooperativismo e incluem orientações para professores, pais e cooperativas.

“O Sistema OCB está constantemente inovando e criando programas, produtos e soluções voltados para a educação cooperativista. Afinal, nosso modelo de negócio precisa ser cada vez mais difundido na sociedade como uma alternativa excelente e sustentável para o mundo. E não há melhor maneira de fazer isso do que levar esse conhecimento às crianças e jovens, permitindo que eles descubram desde cedo os inúmeros benefícios do cooperativismo”, afirma a gerente geral da OCB, Fabíola Nader Motta. 

Público-alvo 

Em todo o país, segundo dados do Censo Escolar 2023, há 47,3 milhões de estudantes matriculados na Educação Básica, que abrange a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Levar conhecimento sobre o coop para esse público é uma das prioridades do cooperativismo brasileiro. 

Os recursos pedagógicos do Jogar+Aprender estão alinhados aos eixos integradores estabelecidos pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC), documento que estabelece as diretrizes para cada etapa da educação. Além das salas de aula, os conteúdos podem ser utilizados em casa, com participação dos pais, pelas cooperativas e por qualquer pessoa interessada em saber mais sobre o cooperativismo. 

São mais de 60 vídeos, cerca de 30 cursos, mais de 20 jogos de palavras e 30 desenhos disponíveis, além de guias metodológicos para utilizar esses instrumentos em sala de aula, uma trilha de aprendizagem sobre Educação Cooperativista na Prática para Docentes, apostilas e materiais didáticos sobre cooperativismo para a Aprendizagem Profissional. 

Games cooperativistas 

Além de conteúdos tradicionais, o Jogar+Aprender traz dois novos jogos digitais que reúnem diversão e conhecimento sobre o coop, utilizando a linguagem que as novas gerações gostam e dominam. Os games fazem parte da vida das crianças e adolescentes brasileiros no dia a dia, inclusive no ambiente escolar. Quando bem utilizadas, essas ferramentas ensinam de forma dinâmica e conectada aos interesses dos nativos digitais, geração que já cresceu em um mundo com acesso à internet. 

“Os jogos se destacam como uma estratégia poderosa. Eles não apenas entretêm, mas também educam e despertam para a importância da cooperação de forma lúdica e envolvente. Por isso desenvolvemos alguns jogos com o objetivo de tornar o aprendizado sobre cooperativismo divertido e interativo”, explica Fabíola Nader Motta.

Dois games inéditos foram desenvolvidos para a Jogar+Aprender: o CoopCity, estruturado na plataforma Roblox; e o Onde Está Eliza?, um minijogo digital inspirado na série de livros Onde Está Wally?

CoopCity: jogo de simulação que representa uma cidade composta por diversas cooperativas. O jogador assume o papel de um cooperado, podendo atuar em diferentes ramos, com o objetivo de fortalecer o cooperativismo e promover o desenvolvimento da cidade.

Na cidade cooperativista, os jogadores podem fazer parte de cooperativas dos sete ramos, aprender sobre como funcionam as Assembleias Gerais e conhecer os benefícios da intercooperação. 

Além de ensinar sobre cooperativismo, o game ajuda a desenvolver conceitos de geografia, história, educação financeira, matemática, planejamento, empreendedorismo, cidadania e sustentabilidade. Por meio do cooperativismo, o jogo também promove a cooperação e o trabalho em equipe. 

Onde Está Eliza?: inspirado nos famosos livros em que o personagem Wally está escondido em diferentes cenários, o game Onde Está Eliza? é uma forma criativa de trabalhar o tema cooperativismo de um jeito divertido. A personagem Eliza foi baseada em Eliza Brierley, primeira mulher a se associar a uma cooperativa no mundo. Inovadora e corajosa, ela desafiou as regras do seu tempo e se juntou a 27 outros trabalhadores para fundar a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale, na Inglaterra, a primeira coop da história. 

O game tem três cenários com diferentes níveis de dificuldade para que os estudantes possam encontrar Eliza e outros objetos pré-definidos em cada etapa. Ao encontrar cada elemento, destaca-se a história e explicação de cada um no contexto do cooperativismo, sempre de forma lúdica. 

A proposta não é apenas divertir as crianças, mas trazer subsídios pedagógicos para professores, educadores e responsáveis em trabalhar o tema cooperativismo de uma forma diferenciada.

Guia para pais e professores

Para os adultos, a solução Jogar+Aprender tem conteúdos especiais para aproveitar ao máximo os materiais da plataforma com crianças e jovens. De planos de aula a materiais didáticos criativos, a midiateca inclui cursos e capacitações para facilitar a educação cooperativista em sala de aula ou em casa, no ambiente familiar. 

Além de conteúdos coop, também estão disponíveis materiais com orientações sobre saúde e bem-estar das crianças e dos jovens, como estratégias para inclusão, respeito à diversidade e enfrentamento do bullying

“Na seção exclusiva para professores, temos cursos, e-books, vídeos e planos de orientação para aplicação em sala de aula dos recursos disponíveis no ambiente Jogar+Aprender. Caso os professores e educadores queiram aprofundar seus conhecimentos sobre o cooperativismo e outros temas, disponibilizamos cursos direcionados para os docentes, entre eles o curso Educação Cooperativista e sua aplicabilidade em sala de aula”, explica Fabíola Nader Motta. 

Todos os conteúdos do ambiente Jogar+Aprender têm acesso livre e gratuito e podem ser utilizados por qualquer pessoa, sem necessidade de fazer parte de uma cooperativa. O cadastro na plataforma CapacitaCoop é simples e a navegação é fácil e intuitiva. 

Fortalecer o coop 

Para quem já é cooperativista, as ferramentas educacionais da nova plataforma podem ajudar a espalhar a mensagem do coop e a fortalecer estratégias educacionais desenvolvidas pelas cooperativas brasileiras. 

Os conteúdos foram desenvolvidos para apoiar tanto as cooperativas que já atuam com educação cooperativista para crianças e jovens, quanto aquelas que ainda não desenvolvem ações e queiram se inspirar a criar seus próprios projetos ou ser parte de iniciativas de intercooperação. 

“As cooperativas podem utilizar os recursos de diversas maneiras, inclusive em eventos, no Dia C, em brinquedotecas e salas para os filhos de cooperados que acompanham os pais nas Assembleias Gerais, entre outras possibilidades”, lista Fabíola. 

Acesse agora o ambiente Jogar+Aprender na plataforma CapacitaCoop e faça parte dessa jornada divertida de descobertas, crescimento e aprendizagem sobre a cultura cooperativista. 

Foto de uma mulher em um caixa eletrônico de uma cooperativa de crédito
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Cashback no cooperativismo: como as cooperativas dividem as sobras com os associados

O cooperativismo surgiu com o objetivo de promover um sistema econômico mais justo e solidário, e como alternativa para os modelos de negócio tradicionais. Baseado em princípios de união, ajuda mútua e gestão democrática, o cooperativismo coloca o foco no coletivo, onde o protagonismo é dos cooperados — os verdadeiros donos da cooperativa.

E, seguindo o terceiro princípio do cooperativismo, da participação econômica, os associados recebem um tipo especial de cashback: o retorno das sobras. Entenda o que são as sobras e como elas beneficiam os cooperados!

O que são as sobras: o “cashback” do cooperativismo

Em organizações tradicionais, chamamos o excedente financeiro, após o pagamento de todas as despesas, de lucro. No cooperativismo, o saldo positivo é chamado de sobras, já que o propósito da instituição não é o lucro, e sim o desenvolvimento econômico e social dos cooperados e da cooperativa.

Para promover essa melhora, as sobras podem ser divididas entre os associados ou reinvestidas na própria organização. Assim, elas são direcionadas às operações, serviços e produtos. Seguindo o princípio cooperativista de gestão democrática, a decisão sobre a distribuição das sobras é feita durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO). 

A prática pode ser vista como uma espécie de cashback, já que o associado está recebendo uma espécie de retorno por contribuírem com a cooperativa. Mas, o processo de distribuição não é tão simples quanto um cashback após uma compra. Vamos entender melhor?

Como funciona a distribuição das sobras?

Decidir para onde as sobras serão encaminhadas é uma tarefa que demanda a participação dos cooperados. O primeiro passo é a prestação de contas dos últimos 12 meses. Durante essa análise, feita no início do ano, a cooperativa deve elencar as receitas, os custos, as taxas e os valores arrecadados.

Com a demonstração financeira em mãos, está na hora de mostrá-la aos associados e eles devem aprová-la, ou não, por meio de uma votação. Após a aprovação das contas, os cooperados também decidem o destino das sobras - sempre de acordo com o estatuto da cooperativa.

Levando isso em consideração, uma parte das sobras integra fundos obrigatórios que visam garantir a sustentabilidade e prosperidade da cooperativa no longo prazo. Esse valor é usado para implementar melhorias aos associados, clientes e colaboradores. O restante é dividido entre os cooperados de forma proporcional à participação de cada um nas atividades da organização. Isso garante uma distribuição justa e igualitária.

Os associados podem receber o cashback cooperativo de diversas formas. Há a possibilidade de o valor ser creditado diretamente na conta do cooperado, por exemplo. Em algumas cooperativas, as sobras são convertidas em cotas de capital, aumentando a participação do cooperado nesse ativo.

Os benefícios das sobras para cooperados e comunidades

As sobras no cooperativismo trazem vantagens significativas que vão além do retorno financeiro para os cooperados, beneficiando também as comunidades onde essas cooperativas atuam. Vamos conhecer esses benefícios?

A redistribuição das sobras é importante para incentivar a participação ativa dos cooperados no dia a dia da cooperativa, e os estimular a consumirem mais produtos e serviços da organização. O cashback cooperativo também é responsável por fortalecer o vínculo do associado com a instituição, já que oferece um sentimento de pertencimento.

As comunidades onde as organizações estão inseridas também são beneficiadas pelo cashback das coops. Parte das sobras podem ser destinadas a projetos sociais na região onde a cooperativa atua, alavancando o desenvolvimento e fortalecendo a economia local.

As iniciativas também são responsáveis por melhorar a qualidade de vida da população residente. Os projetos, que podem focar na educação, infraestrutura e saúde, fortalecem a imagem do cooperativismo, incentivando a expansão do modelo de negócios.

Retorno das sobras e cashback: semelhanças e diferenças

Ao olharmos para o conceito do cashback e do retorno das sobras, observamos que ambos proporcionam um retorno financeiro ao usuário. No entanto, as diferenças residem nos seus propósitos e formas de distribuição. 

Uma das grandes diferenças entre eles é que o cashback só acontece quando uma compra é feita. Normalmente, o desconto, ou reembolso, que consiste em uma porcentagem do valor pago, pode ser utilizado apenas no mesmo estabelecimento, e não é creditado na conta do usuário. 

Já o retorno das sobras não depende de uma compra para ser redistribuído entre os associados. Ele acontece anualmente, após a demonstração financeira ser aprovada pela Assembleia Geral por meio de uma votação. Além disso, a distribuição das sobras acontece de forma proporcional às operações realizadas por cada cooperado

Por fim, não podemos esquecer que receber cashback significa, na maior parte dos casos, que o usuário faz parte de um programa de fidelidade de algum estabelecimento ou banco. Já o retorno das sobras é prova que o associado faz parte da cooperativa e é um de seus donos.

Conclusão: o cashback cooperativista

O cashback é um instrumento cada vez mais usado e atrativo na economia digital, afinal, quem não gosta de receber um desconto nas próximas compras!? Mas, melhor do que isso é poder contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária.

O retorno das sobras evidencia que o cooperativismo é um modelo de negócios inovador e à frente de seu tempo. Sem pensar no lucro da instituição, as cooperativas focam em melhorar a vida dos cooperados, colaboradores, clientes e moradores da região onde estão estabelecidas há cerca de 200 anos!

Ilustração de algumas mãos segurando peças de quebra-cabeças
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Intercooperação: impacto social e resultados

Que Minas Gerais é conhecido pela hospitalidade, o Brasil inteiro já sabe. Mas, desde 2020, uma iniciativa de 15 cooperativas incorporou uma nova palavra ao vocabulário que define o estado: intercooperação.

Tudo começou durante a pandemia de covid-19, quando grandes cooperativas de Patos de Minas, na região do Triângulo Mineiro, decidiram se unir para ajudar a população a atravessar os dias de incerteza que atingiram o mundo inteiro. Ao perceberem que juntas teriam mais recursos e maior capacidade de dar suporte a quem precisava, criaram a RedeCoop Patos de Minas.

A primeira missão conjunta das cooperativas foi a doação de 4 mil testes rápidos de covid, itens essenciais na época para reduzir o risco de contaminação em um momento crítico de transmissão do vírus. 

Além do apoio na área de saúde, a rede também se mobilizou para tentar amenizar a situação do comércio local, que teve que fechar as portas, deixando famílias inteiras sem renda de uma hora para outra.

“As cooperativas de crédito da rede criaram uma linha especial com correção monetária de 1,25% ao ano e com o primeiro pagamento com 18 meses de carência. Essa iniciativa visava não apenas oferecer suporte financeiro aos empresários, mas também fomentar a economia e o emprego”, lembra Ronaldo Siqueira Santos, presidente do Sicoob Credicopa e primeiro coordenador do projeto de intercooperação. 

O resultado das ações conjuntas durante a pandemia deixou claro que a união em prol do desenvolvimento da região valia a pena, e a parceria se consolidou para muito além das ações de responsabilidade social. “Além do ganho social para a cidade e de ajudar a diminuir o sofrimento das pessoas, a Rede criou muitas oportunidades de geração de bons negócios dentro do cooperativismo, fortaleceu o nosso movimento em toda a região”, explica Vasco Praça, presidente da Cemil e atual coordenador da RedeCoop. 

Mais negócios coop

Com cooperativas agropecuárias, de saúde, crédito, transporte e trabalho (veja lista completa no box), a RedeCoop Patos de Minas colocou o princípio da intercooperação em prática no dia a dia e as integrantes do projeto começaram a fazer e fortalecer negócios entre si. 

Cooperativas do grupo que antes só contratavam financiamento em bancos, hoje operam com as coops de crédito da rede, com linhas especiais e condições de pagamento e taxas diferenciadas. Já os planos de saúde e odontológicos dos empregados das cooperativas do projeto são fornecidos pelas duas coops do ramo Saúde do grupo, entre outras estratégias bem-sucedidas de negócios. 

“O projeto se superou, tornou-se uma referência e teve um alcance muito maior do que o inicialmente planejado. Hoje o cooperativismo tem um peso muito grande no PIB [Produto Interno Bruto] de Patos de Minas, e esse resultado está ligado a esse engajamento na intercooperação. São várias cooperativas que contribuem para isso de maneira muito relevante”, pondera Nidelson Falcão, diretor executivo da Fecoagro Leite Minas, outra cooperativa integrante da rede. 

Juntas, as 15 cooperativas da RedeCoop Patos de Minas reúnem mais de 60 mil cooperados e geram 3,8 mil empregos diretos. Em patrimônio líquido, ultrapassaram a marca dos R$ 1,3 bilhão em 2023 e geraram mais de R$ 2,5 bilhões em receita bruta, segundo dados consolidados mais recentes. 

Confiança

O caminho para todos esses resultados tem uma fórmula: confiança, estrutura democrática e participação ativa dos presidentes das cooperativas. A gestão da RedeCoop Patos de Minas é compartilhada, a presidência do grupo é rotativa, e todas as decisões de negócio passam por um conselho administrativo. Além de reuniões mensais com os presidentes e diretores executivos, as áreas técnicas de marketing e governança estão permanentemente engajadas nas ações conjuntas. 

“Trocamos a palavra competição por união por cooperação. A essência da RedeCoop é o sentimento de irmandade, de um ajudar o outro, de uma cooperativa apoiar a outra, de crescer sem deixar ninguém para trás. E com isso nos tornamos referência para outras regiões do estado, que também estão criando suas redes”, destaca  Vasco Praça. 

O grupo de coops mineiras também aposta na atuação em conjunto para fazer bons negócios com fornecedores. Para isso, utilizam o Consórcio Central Grupo Cooperativo, uma central de compras de produtos e insumos que garante melhores preços e segurança nos contratos. Mais de 30 mil itens de cerca de três mil fornecedores já foram negociados pelo consórcio, de sementes e defensivos agrícolas à contratação de mão de obra.  

Segundo o coordenador de Ramos do Sistema OCB, Hugo Andrade, exemplos como a RedeCoop Patos de Minas mostram que a intercooperação é um caminho viável e necessário para que as cooperativas brasileiras gerem mais resultados e possam fortalecer o cooperativismo como um todo. 

“A intercooperação traz benefícios como redução de custos, ganhos de escala e possibilidade de criação de novos negócios para as cooperativas. Por meio da intercooperação, o sistema cooperativo brasileiro vai conseguir atingir mais facilmente nossa meta BRC 1 Tri de Prosperidade. Se as cooperativas começarem a fazer mais negócios entre elas, vamos movimentar mais recursos para alcançar esse desafio”, ressalta.

R$ 1 trilhão de prosperidade 

Em 2022, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, lançou um desafio para o cooperativismo brasileiro: "Que tal trabalharmos para dar ao Brasil R$ 1 trilhão de prosperidade?”. 

O convite se transformou no Brasil Mais Cooperativo 1 trilhão de prosperidade,  BRC 1Tri, meta de movimentar R$ 1 trilhão com o trabalho das cooperativas brasileiras e agregar 30 milhões de cooperados até 2027. 

A cada ano, como mostram os dados do Anuário Coop, nos aproximamos desse objetivo com foco no desenvolvimento dos negócios cooperativistas e em melhorar a vida dos brasileiros

 

Cooperativas participantes da RedeCoop: 

1. Consórcio Central Grupo Cooperativo (CCGC)

2. Cooperativa Central Mineira de Laticínios (Cemil)

3. Coopatos

4. Cooperativa dos Produtores de Algodão do Estado de Minas Gerais (Cooperpluma)

5. Fecoagro Leite Minas

6. Frigopatos

7. Cooperativa de Reciclagem de Alumínio (Cooperal)

8. Sicoob Credicopa

9. Sicoob Credipatos

10. Sicredi Integração Rota das Terras RS/MG

11. Suinco

12. Unicred Evolução

13. Unimed Patos de Minas

14. Uniodonto

15. Coopergerais

Foco nas pessoas

Criada como ferramenta de responsabilidade social, a RedeCoop Patos Minas mantém seu compromisso com a comunidade em iniciativas diversificadas: participação conjunta no Dia de Cooperar, doação de alimentos e apoio financeiro a entidades assistenciais, campanhas de incentivo à doação de sangue e plantio de árvores, formação de jovens aprendizes, projetos para inserção de mulheres no mercado de trabalho, entre outras. 

“O fortalecimento da rede promove a resiliência e a sustentabilidade das cooperativas, alinhando-se ao sétimo princípio cooperativista, que enfatiza a importância de fazer mais pela comunidade. Com isso, as cooperativas não apenas se destacam, mas também se tornam pilares de apoio para o crescimento e bem-estar da região de Patos de Minas”, afirma Ronaldo Siqueira Santos, presidente do Sicoob Credicopa. 

Alunos sorrindo para a foto
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Cooperativa de crédito escolar é exemplo de inovação e educação financeira

No coração da educação básica em Itajaí (SC), uma iniciativa inovadora vem mostrando que o cooperativismo pode transformar não apenas a economia, mas também a educação e a vida dos jovens. A Cooperativa de Crédito AnibalCred Ltda, a primeira cooperativa de crédito escolar do Brasil, é um exemplo de como o modelo cooperativista pode ser uma ferramenta poderosa de aprendizado e inclusão financeira.  

Criada em abril de 2023 na Escola Básica Aníbal César, a AnibalCred conta com 1,5 mil alunos e tem uma proposta simples e transformadora: ensinar finanças e o valor do cooperativismo na prática. A cada mês, os estudantes recebem "Aníbals", uma moeda interna que pode ser usada em uma loja montada dentro da escola. As moedas são recebidas com base no mérito escolar, incentivando o bom desempenho e a responsabilidade financeira desde cedo. 

A experiência tem reforçado  o aprendizado em sala de aula e preparado os jovens para enfrentar os desafios financeiros do mundo real. "Estamos ensinando os alunos a administrar seu próprio dinheiro, a poupar e a gastar de maneira consciente", explica Elenice Furtado, diretora da escola e idealizadora do projeto.  

E a inovação não para por aí. Em 2024, o projeto deu um novo passo com o lançamento do cartão AnibalCred, totalmente digital e gerenciado por um aplicativo, ampliando as possibilidades de aprendizado sobre o mundo financeiro. Com apoio do MotorCoop, programa da cooperativa Unicred União, que desenvolve as iniciativas educacionais, culturais e sociais, e da empresa FourBank, os estudantes agora vivenciam de forma ainda mais realista a gestão financeira, adaptada às suas necessidades e ao ambiente escolar. 

O impacto da AnibalCred é sentido pelos alunos. Mariangel Campos, aluna do 9º ano, conta que a experiência tem sido motivadora. "Nós estamos nos esforçando mais para tirar notas altas, porque isso aumenta nosso poder de compra na escola. É incrível poder aprender e, ao mesmo tempo, conquistar algo com esse esforço", afirma. Bernardo Tavares, do 8º ano, também destaca o envolvimento dos alunos como gestores da cooperativa, o que, segundo ele, “ajuda a construir um sentimento de responsabilidade e pertencimento”.  

Essa história é um exemplo perfeito de como o cooperativismo de crédito pode transformar comunidades e criar oportunidades. No Brasil, esse segmento tem crescido de maneira expressiva, sendo um pilar importante no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Hoje, são mais de 17,3 milhões de associados e mais de 9 mil unidades de atendimento em todo o país, muitas vezes sendo a única instituição financeira presente em municípios menores. 

O cooperativismo de crédito não é apenas uma alternativa ao sistema bancário tradicional; ele se destaca por seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social das localidades onde atua. O envolvimento direto das pessoas no gerenciamento e nas decisões da cooperativa promove uma economia mais inclusiva e sustentável. 

Iniciativas como essa provam que o cooperativismo é um modelo centrado nas pessoas, capaz de oferecer soluções reais para os desafios do presente e do futuro. Assim como os alunos da Escola Aníbal César, todos nós podemos ser protagonistas de uma economia mais justa e colaborativa. Vem ser coop também! 

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Dia Internacional das Cooperativas de Crédito: histórias de transformação

Imagine um pequeno município no interior do Brasil, onde, por muito tempo, o acesso ao crédito era apenas um sonho distante para famílias que precisavam de apoio para crescer. Lá, as oportunidades eram limitadas, e as portas dos grandes bancos permaneciam fechadas. A chegada de uma cooperativa de crédito, no entanto, mudou essa realidade e, hoje, esse município se desenvolve, prospera e não corre mais o risco de ver sua população se esvaziar em busca de melhores oportunidades.  

Essa é a história de  milhões de brasileiros que, graças ao cooperativismo de crédito, viram suas vidas se transformar. Quando a cooperativa abre suas portas, principalmente em localidades remotas, eles não encontraram apenas um local para obter financiamento, mas uma verdadeira parceira disposta a caminhar ao lado deles. Com o primeiro crédito, novas oportunidades se abrem e o que começa muitas vezes como um sonho individual, torna-se uma conquista da comunidade. 

E este cenário não se repete apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Por isso, nesta quinta-feira (17), comemoramos o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), uma data em que reafirmamos e celebramos o impacto positivo dessas instituições na vida de seus cooperados e das comunidades onde estão presentes. 

Ao contrário das instituições financeiras tradicionais, as cooperativas de crédito não estão focadas apenas em resultados financeiros. Elas pertencem aos próprios cooperados – pessoas comuns, que decidem juntas os rumos e prioridades da cooperativa. É por isso que, em mais de 300 municípios brasileiros, onde não há bancos, as cooperativas de crédito são a única presença financeira, e isso faz toda a diferença. Elas são verdadeiras construtoras de sonhos, gerando inclusão, desenvolvimento econômico e, acima de tudo, oportunidades para todos. 

Com o tema Um mundo através do financiamento cooperativo, o DICC 2024 nos convida a olhar para além dos números e enxergar as histórias por trás de cada decisão financeira. Histórias de vidas transformadas, de comunidades que se fortalecem e de sonhos que se realizam.  

Convidamos assim, todos a refletir sobre o poder dessas instituições. São mais de 120 anos de existência no Brasil, com 17,3 milhões de associados e 9,8 mil unidades de atendimento, configurando a maior rede de postos físicos do país. Em 368 municípios brasileiros, elas são, inclusive, a única instituição financeira presente, sendo um pilar essencial para o desenvolvimento dessas localidades.

A capilaridade e a reciclagem local da poupança também são características que habilitam as cooperativas de crédito como alavancas do desenvolvimento regional. Cidades brasileiras com presença de cooperativas de crédito possuem incremento no Produto Interno Bruto (PIB) per capita de 5,6%, com a criação de 6,2% a mais de empregos e aumento de 15,7% no número de estabelecimentos comerciais, por exemplo.  

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