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Mitos e verdades sobre o cooperativismo

O cooperativismo tem ganhado cada vez mais destaque no cenário econômico global. A ONU declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, reconhecendo a sua importância para a construção de um futuro mais justo e sustentável. Apesar disso, o cooperativismo ainda é alvo de alguns equívocos e ideias preconcebidas.

Neste artigo, vamos desmistificar 8 mitos comuns sobre esse modelo de negócios. Veremos como as cooperativas se destacam em diversos setores, impulsionando a economia, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento social. Sem fake news! Veja porque algumas percepções sobre o coop estão erradas!

Desvendando 8 mitos sobre o cooperativismo

O cooperativismo é diferente de outros modelos de negócio tradicionais, mas isso não significa que ele não seja competitivo, inovador e sólido. Pelo contrário! As cooperativas têm um grande papel no desenvolvimento econômico do país e das comunidades. Além disso, o cooperativismo promove uma sociedade mais justa e igualitária. Vamos, então, desvendar alguns mitos sobre nosso modelo de negócio?

Mito 1: Cooperativas não são competitivas

Se engana quem pensa que as cooperativas não são competitivas nem relevantes no mercado. O Anuário do Cooperativismo Brasileiro revela que, em 2023, as 4.509 coops brasileiras somaram cerca de R$ 1,16 trilhões em ativos e R$ 94 bilhões em capital social.

As cooperativas também marcam uma grande presença na exportação. De acordo com o Anuário, as organizações exportaram, mais de US$ 8 bilhões em 2023. Isso significa que o cooperativismo foi responsável pela venda de 2,5% de tudo o que foi comercializado pelo Brasil.

Mito 2: Cooperativas são apenas para pequenos negócios

O cooperativismo é, sim, um ótimo modelo para pequenos negócios! Mas ele não se restringe apenas a isso - e as cooperativas brasileiras de grande porte não nos deixam mentir. Há grandes cooperativas que são gigantes em seus segmentos, do agronegócio ao setor financeiro; da saúde complementar ao varejo. 

O levantamento Forbes Agro 100, que reúne as 100 maiores organizações do setor agropecuário brasileiro, conta com a presença de 18 cooperativas. A Copersucar, que está em 9º lugar, representa o país no TOP 10, mas as outras não ficam muito para trás. Outros nomes como C.Vale, Lar Cooperativa Agroindustrial e Aurora Coop ocupam posições no top 20.

Os ramos de saúde e crédito também contam com gigantes. A Unimed é considerada a maior assistência médica do país, com cerca de 341 cooperativas espalhadas pelo Brasil. Já os bancos cooperativos que ganham destaque no cenário nacional são o Sicredi e o Sicoob. Ambos contam com mais de 7 milhões de associados.

Mito 3: Cooperativas de crédito e bancos são a mesma coisa

Bancos privados são organizações que pertencem a um pequeno grupo de indivíduos que têm controle sobre todas as decisões e focam em gerar lucro. As cooperativas de crédito, por sua vez, possuem uma estrutura organizacional completamente diferente.

O princípio da gestão democrática garante que todos os cooperados sejam donos da organização, tenham direitos iguais e opinem nas estratégias e iniciativas apresentadas durante as assembleias. Além disso, as cooperativas de crédito não visam o lucro, e sim o desenvolvimento dos associados e da comunidade onde estão inseridas.

Por esse motivo, as cooperativas cumprem uma função importante de bancarização no país, sobretudo no interior. Enquanto os bancos tradicionais fecham agências, as cooperativas abrem postos de atendimento.  Em 368 municípios elas são, inclusive, a única instituição financeira disponível, revela um estudo do Sistema OCB com a Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe).  

Mito 4. Cooperativas são entidades filantrópicas

Como vimos, cooperativas não almejam lucro e, portanto, são entidades filantrópicas, certo? Errado! As cooperativas desenvolvem atividades econômicas, visando gerar renda e trabalho para seus membros. Tanto é que no lugar do lucro, as cooperativas têm sobras. 

Os conceitos até são parecidos, mas não são a mesma coisa. Em organizações tradicionais, chamamos o excedente financeiro, após o pagamento de todas as despesas, de lucro. No cooperativismo, o saldo positivo é chamado de sobras, já que o propósito é o desenvolvimento econômico e social dos cooperados e da cooperativa.

Portanto, para que possam ser sustentáveis, competitivas e agentes de transformação, as cooperativas precisam buscar bons resultados financeiros, só que com o diferencial de fazer isso pensando na comunidade. 

Mito 5: Cooperativas são pouco inovadoras

O quinto princípio do cooperativismo fica responsável por desvendar esse mito. Mais do que oferecer produtos e serviços úteis para a população, as cooperativas sempre buscam melhorá-los.

Algumas organizações, como a Cooperativa Santa Clara, contam com comitês e equipes de inovação focados em buscar, estudar, desenvolver e implementar projetos inovadores. O objetivo das cooperativas é sempre oferecer os melhores e mais sustentáveis serviços aos cooperados, enquanto mantêm a competitividade.

As propostas de inovação são diversas, cada uma resolvendo dores dos clientes, cooperados e da própria cooperativa. E você pode conferir centenas de cases de inovação de todos os ramos do cooperativismo no InovaCoop!

Mito 6: O modelo cooperativista é frágil no longo prazo

Qualquer novidade gera insegurança e medo do fracasso, mas você, nem as cooperativas, precisam se preocupar com isso. Mesmo com princípios diferentes das instituições tradicionais, o cooperativismo é um modelo de negócios de sucesso.

Por estarem sempre atentas a mudanças e inovações, as cooperativas mantêm a competitividade e seu espaço no mercado. Prova da perenidade das coops é a Sicredi Pioneira, a primeira cooperativa de crédito do Brasil. Criada em 1902, a organização segue impactando a região onde atua e promovendo uma sociedade mais justa.

E não é só a cooperativa de crédito que mantém a perenidade. Segundo o AnuárioCoop 2024, mais da metade das cooperativas brasileiras existentes têm mais de 20 anos de atuação.

Mito 7: O cooperativismo só funciona em poucos setores

Quando pensamos em cooperativas espalhadas pelo Brasil, as primeiras que vêm à mente são organizações agropecuárias, como a Coamo e a Aurora, e de crédito, como o Sicredi e o Sicoob, além da Unimed, líder global em saúde

No entanto, isso não significa que não existem coops de outros setores da economia que também fazem sucesso. Dentro do sistema cooperativista existem sete ramos, são eles:

  1. Agropecuário

  2. Crédito

  3. Transporte

  4. Trabalho, Produção de Bens e Serviços

  5. Saúde

  6. Consumo

  7. Infraestrutura

E a diversidade não para por aí. Em cada um dos setores, há inúmeras cooperativas que possuem focos e públicos diferentes. No ramo de transporte, por exemplo, as organizações podem prestar serviços de transporte individual, coletivo, escolar e de carga.

As cooperativas de trabalho também são bastante diversas. A UniJazz Brasil, por exemplo, é uma cooperativa de músicos que promove arte e educação. Tem cooperativa de TI, de educação, de catadores de material reciclado - e muito mais.

Cada cooperativa, ainda que do mesmo ramo, resolve dores específicas da comunidade e dos cooperados. Por conta disso, cada uma tem suas particularidades e seus pontos de ação.

Mito 8: As cooperativas não têm um movimento organizado

Grande mito! As cooperativas podem contar com o Sistema OCB. Para dar conta de auxiliar e alavancar as cooperativas, o Sistema OCB é composto por três entidades: a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).

  • Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop): representa e defende os interesses das cooperativas em âmbito nacional. É a entidade máxima da OCB.

  • Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB): responsável por defender o interesse das cooperativas, oferecer ajuda e suporte às coops, e promover melhorias e inovações em todos os ramos do setor.

  • Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop): responsável por capacitar todos os cooperados por meio de cursos de formação profissional ou treinamentos.

Conclusão: não caia nos mitos do cooperativismo!

O cooperativismo tem se mostrado um modelo de negócio promissor e relevante para a economia brasileira e global. Presentes em diversos setores da economia, as cooperativas geram empregos e promovem a melhoria da qualidade de vida dos cooperados e da comunidade.

Fica claro, portanto, que o cooperativismo é um modelo que luta por uma sociedade mais justa e igualitária, e, por conta disso, deve ser reconhecido e valorizado. E é isso que nós do SomosCoop queremos fazer!

Com os mitos desvendados e esclarecidos, clique aqui e comece seus estudos sobre o coop ou se preferir, assista a playlist completa sobre o nosso modelo de negócios.

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3 lições do filósofo Clóvis de Barros Filho sobre o cooperativismo

Reconhecido por traduzir conceitos complexos de filosofia e ética em uma linguagem simples e direta, o filósofo, escritor e professor Clóvis de Barros Filho viaja o Brasil com palestras em que mescla questões filosóficas e reflexões sobre a vida de forma bem-humorada. Em seu livro Xá-Ku-Nóis: sobre cooperação, confiança e mudança, escrito em parceria com o consultor de cooperativas Geraldo Trindade, Barros mostra como o cooperativismo pode ajudar a melhorar a vida das pessoas e comunidades por meio da ação conjunta, soma de esforços, mudança de atitudes, parceria e confiança.

“Quando podemos dizer que uma cooperativa é bem-sucedida? Quando ela se transforma em um espaço onde as pessoas se sentem mais potentes e alegres. As iniciativas cooperativistas têm esse papel de trazer felicidade às pessoas”, afirmou Barros em palestra para representantes de cooperativas durante o World Coop Management (WCM 2024), em outubro do ano passado. 

De acordo com os autores, por ser um modelo de negócios baseado em princípios e valores, o cooperativismo não é apenas um sistema econômico de sucesso, mas também uma maneira eficaz de contribuir com o desenvolvimento da sociedade. Ele inspira mudança, ajuda a construir relações de confiança e fomenta a ajuda mútua. 

“O livro foi pensado inicialmente para atender ao público cooperativista [cooperados, dirigentes e colaboradores], porém, depois de concluído, vimos que o conteúdo atende a qualquer pessoa que tenha interesse nos temas cooperação, confiança e mudança”, afirma Trindade. O cooperativismo precisa ser mais divulgado, visto e entendido como uma ferramenta para melhorar a vida das pessoas, para melhorar as comunidades, enfim, para melhorar o mundo”, acrescenta o co-autor.

Veja três lições apresentadas por Clóvis de Barros Filho e Geraldo Trindade sobre filosofia e cooperativismo e como cada conceito está relacionado aos princípios e valores do movimento. 

1- Cooperação

“Quem coopera opera com mais alguém. Não cansaremos de repetir. Só faz sentido cooperar na certeza de que alguma outra pessoa também o faça.”

O cooperativismo é baseado na união das pessoas e valoriza o interesse coletivo, a participação democrática e a solidariedade, de forma que todos possam progredir e ter benefícios, sejam eles econômicos ou sociais. As cooperativas permitem que todos tenham oportunidades e contribuem com uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável. 

Valores associados: democracia, solidariedade, ajuda mútua.

Princípios associados: intercooperação, gestão democrática.

2- Confiança: 

“Eis a confiança, trata-se de uma certeza sem verificação. Certeza sobre as coisas do mundo, claro. Mas também sobre o comportamento das outras pessoas.”

No cooperativismo, o trabalho é movido por objetivos em comum e a atuação conjunta é fundamental para alcançá-los, com cada um fazendo a sua parte. O senso de pertencimento incentiva os cooperados a atuarem com propósito, sabendo que os demais também colaboram para alcançar os mesmos resultados. Além disso, a participação democrática nas decisões aumenta a confiança entre a cooperativa e seus associados. 

Valores associados: honestidade, transparência e responsabilidade.

Princípios associados: educação, formação e informação.

3- Mudança: 

“Cooperação é uma atividade que requer relação entre duas ou mais pessoas, com o propósito comum de agir sobre o mundo e transformá-lo. Para tanto, somam esforços, agregam competências, articulam funções específicas e tomam decisões em respeito a essa especificidade.

Fazer parte de uma cooperativa impulsiona ações e atitudes de mudança em seus cooperados que se refletem em benefícios que vão muito além do econômico, como iniciativas de sustentabilidade ambiental e ações de impacto social para as comunidades. 

Valores associados: responsabilidade social, preservação ambiental e solidariedade.

Princípios associados: compromisso com a comunidade.

Duas pessoas conversando em uma cooperativa de crédito.
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Cooperativas de crédito ajudam brasileiros no planejamento financeiro de 2025

Ano novo, vida nova! Sabia que, com a ajuda de uma cooperativa de crédito, este ditado também pode ser aplicado às suas finanças em 2025? Elas são especialistas em educação financeira, uma ferramenta de planejamento e organização para colocar as contas em dia e aprender sobre como e onde investir o seu dinheiro. 

Escolha financeira de mais de 17,9 milhões de brasileiros, as cooperativas de crédito aproveitam esse momento de organização da renda familiar para orientar seus cooperados a uma mudança de comportamento em relação ao uso do dinheiro, com foco em uma gestão mais consciente e responsável das finanças. 

Em meio a gastos comuns desta época do ano, como IPVA, seguro do carro, matrícula e material escolar, IPTU, o planejamento financeiro em janeiro é fundamental para evitar mais dívidas e preocupação com orçamento no resto do ano.

Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, realizada no fim de 2024, 77% das famílias brasileiras estão endividadas e 29,4% já estão inadimplentes, ou seja, com dívidas em atraso. Além disso, cerca de 12,9% afirmaram não ter condições de quitar suas dívidas. Como quebrar este ciclo? A resposta pode estar no cooperativismo. 

Problemas como a falta de planejamento financeiro, o uso descontrolado do cartão de crédito, as compras por impulso e a ausência de uma reserva de emergência estão entre os principais erros apontados pelas instituições financeiras como causas do endividamento. Para ajudar a reverter essa situação, as cooperativas se apresentam como uma escolha justa e competitiva, com produtos financeiros diversificados, taxas de juros atrativas e um diferencial que só o cooperativismo tem: o foco nas pessoas, não no lucro, e a possibilidade de retorno financeiro no fim de cada ano. 

A supervisora de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob, Louize Oliveira, destaca a importância de criar novos hábitos e começar o planejamento financeiro logo no começo do ano. “É essa prática que vai permitir acumular capital ao longo do tempo. Comece com o valor disponível. Invista um pouco todo mês e, conforme for possível, aumente o valor investido mensalmente. Não é mágica, é constância”, orienta.

Veja as principais dicas de cooperativas de crédito brasileiras para o planejamento financeiro no começo do ano: 

1. Crie um orçamento mensal realista: registre suas receitas e despesas, priorizando o essencial. Isso ajudará a identificar oportunidades para economizar e cortar excessos.

2. Reorganize suas dívidas: renegocie taxas e prazos para ajustar parcelas ao orçamento. Para reduzir o endividamento em 2025, é essencial reconhecer a situação, buscar ajuda e renegociar dívidas com instituições financeiras.

3. Automatize pagamentos e investimentos: a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na criação de bons hábitos financeiros. Agende pagamentos recorrentes para garantir agilidade e manter seus compromissos financeiros em dia.

4. Evite o uso excessivo do cartão de crédito: utilize-o de forma estratégica, para finalidades produtivas e evitando dívidas desnecessárias. Avalie sempre sua capacidade de pagamento antes de fazer novas parcelas.

5. Não faça compras por impulso: gastos emocionais aumentam dívidas desnecessárias. Priorize compras planejadas e reflita se o consumo é realmente necessário ou apenas um desejo momentâneo.

6. Adote a regra 50-30-20: Reserve 50% da renda para despesas fixas, 30% para variáveis e 20% para poupança. 

7. Invista na sua educação financeira: aprender sobre finanças é um passo transformador. Aproveite cursos, workshops e materiais oferecidos pelas cooperativas de crédito para desenvolver suas habilidades e aumentar sua autonomia financeira.

Além de equilibrar as contas do começo do ano, as orientações têm impacto no planejamento financeiro a longo prazo, segundo a gerente de Inclusão e Educação Financeira do Sicredi, Cristiane Amaral, por isso o tema é tão relevante para as cooperativas. “Compreender como tomar decisões financeiras informadas e evitar endividamento contribui para restabelecer a vida financeira e também traz outros tipos de benefícios, como: prevenção a golpes e fraudes, maior consciência de serviços financeiros, aumento da capacidade de investimento e criação de planos de curto, médio e longo prazos”, afirma.

Foco nas pessoas 

Outro diferencial das cooperativas de crédito é o fato de essas instituições financeiras trabalharem  em prol do sucesso financeiro do cooperado, o que cria uma relação de ganho mútuo. “Quanto melhor a situação do cooperado, melhor será o desempenho da cooperativa como um todo, por isso vê-lo bem financeiramente é tão importante. Existe uma relação intrínseca entre o bem-estar financeiro do cooperado e o sucesso da própria cooperativa. Essa dinâmica promove um ciclo virtuoso, onde quanto melhor estiver o cooperado, melhor estará a cooperativa”, explicou o gerente de Gente e Gestão do Sistema Ailos, Diogo Angioleti.

Já o gerente da Viacredi, Carlos Alexandre Kohls, destaca como um dos principais benefícios do cooperativismo o relacionamento mais próximo entre cooperativa e cooperado, atendendo às necessidades reais das pessoas e movimentando a economia local. "As cooperativas pertencem à comunidade, estão presentes em regiões com menos acesso a instituições financeiras e promovem gestão democrática: as decisões são tomadas pelos próprios cooperados em assembleias. Aqui nos preocupamos genuinamente com as pessoas, identificando sonhos, dificuldades e necessidades dos cooperados”, disse o gestor.

 Mais dinheiro no bolso dos cooperados 

No cooperativismo, os bons resultados são compartilhados. Quando uma cooperativa de crédito fecha o ano com resultado financeiro líquido positivo, esse dinheiro é distribuído entre os cooperados. A devolução é proporcional às operações realizadas com a cooperativa: quanto maior o relacionamento e utilização de produtos e serviços, maior a participação nos resultados

Quer saber mais sobre como as cooperativas de crédito apoiam os brasileiros no planejamento financeiro e na busca de uma relação com o dinheiro mais saudável e próspera? Acesse o e-book Porque escolher cooperativas de crédito?, produzido pelo Sistema OCB!

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Cooperativa de crédito estimula empreendedorismo feminino

Você conhece uma mulher empreendedora? Em todo o país, mais de 10 milhões de brasileiras são donas do próprio negócio, o que coloca o Brasil em sétimo lugar no ranking global de empreendedorismo feminino, segundo dados do  Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As cooperativas de crédito são parceiras estratégicas dos empreendedores brasileiros e têm apostado em programas para apoiar mulheres protagonistas de suas carreiras e negócios. 

Com esse foco, o Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia (MS) criou a iniciativa “Donas do Negócio”, que tem como base a união de mulheres que estão à frente de micro e pequenas empresas para compartilhar conhecimento, fomentar o networking e gerir suas carreiras e negócios com sucesso. Além de apoiar o empreendedorismo feminino, o programa funciona como um ecossistema de suporte integral, que impacta o desenvolvimento pessoal, comunitário e econômico das cooperadas.

O projeto conquistou o primeiro lugar no Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024 na categoria Comunicação Cooperativista. O prêmio é um reconhecimento do Sistema OCB à criatividade, visão e resultados obtidos pelas cooperativas brasileiras.

A assessora de Desenvolvimento do Cooperativismo do Sicredi União MS/TO, Jô Castro, que está à frente do Donas do Negócio, explica que o programa nasceu com o objetivo de levar informação, capacitação, conexão e inspiração para mulheres empreendedoras. “O Donas do Negócio é capaz de ajudar empreendedoras brasileiras a superar barreiras e crescer no mercado. Sem contar que oferece às participantes crédito e capacitação, permitindo que elas superem desafios e transformem suas vidas”.

Apoiado pelo International Finance Corporation (IFC), o Donas do Negócio oferece cinco pilares de imersão: Informar, Capacitar, Conectar, Inspirar e Fomentar. Atualmente, a iniciativa possui atendimento e gerentes exclusivos distribuídos em 20 agências, com soluções e taxas especiais para o grupo de mulheres, impactando milhares de empreendedoras por meio do estímulo ao aprendizado e ao crescimento de forma lúdica. Umas das ferramentas é o game de educação financeira Donas do Jogo.

De acordo com a cooperativa, desde o início do programa, em 2022, mais de R$ 16,5 milhões em créditos foram liberados para 4,5 mil empreendedoras, além de R$ 1,2 milhão para fomento de projetos, aumentando o impacto do empreendedorismo feminino na economia nacional.

Em 2025, o programa deve ser expandido para mais quatro agências da cooperativa no Tocantins e na Bahia, em resposta a demandas de empreendedoras locais. “No ano passado, identificamos que 10% das empreendedoras da base do Donas do Negócio ampliaram exponencialmente suas empresas, o que ocasionou na mudança de categoria e no desenquadro do programa. E o que isto significa? Que os resultados foram tão positivos que elas precisaram se desenquadrar do programa. Esse é o resultado do investimento do Sicredi nas mulheres”, comemora Jô Castro.

Mudando vidas

Por meio de uma metodologia que aborda princípios como empoderar, educar e conectar, o Donas do Negócio hoje representa mais do que apenas um programa para as cooperadas e têm ajudado mulheres empreendedoras a mudar suas histórias de vida. “O Sicredi foi fundamental para que o meu negócio pudesse prosperar. Eles acreditaram em mim, no meu potencial e me deram a confiança que tanto precisava. Me sinto segura, pois eles me orientam nessa jornada empreendedora”, disse Cacilda Moreira Ferreira, dona da Cacau Multimarcas em Campo Grande/MS.

Vanessa Ricarte, empreendedora de Mato Grosso do Sul, destaca a parceria entre as mulheres participantes do programa. “O Donas do Negócio tem sido um divisor de águas na minha vida. Além de me ensinar questões mais técnicas sobre finanças e gestão, me deu a oportunidade de estabelecer conexões profundas com as empreendedoras do projeto, que me inspiram, dia após dia, a desenvolver o meu negócio com mais criatividade e afeto. Seguimos juntas, fortalecendo negócios de grande impacto social e econômico, com sororidade, respeito e admiração pela vida e pela história de cada uma”, afirmou.

Em comum, as mulheres empreendedoras ressaltam a importância do acolhimento de uma instituição financeira como o Sicredi, que se preocupa com os negócios das suas cooperadas no Donas do Negócio. Segundo elas, contar com uma cooperativa de crédito nesse desafio do empreendedorismo é mais do que ter suporte financeiro, representa também mais possibilidades de capacitação, aprendizado e troca de experiências com outras mulheres que lideram suas empresas.

“Conhecemos outras empreendedoras, participamos de palestras que agregam conhecimentos para aplicarmos nos negócios, rodas de conversas e discussões sobre vários assuntos. O programa nos mostra que temos potencial, que somos capazes e que precisamos acreditar mais. Nos incentiva a ir além da nossa situação atual e que podemos conquistar o que quisermos”, destacou Izabela Gomes, empreendedora em Porto Nacional/TO.

Como fazer parte do Donas do Negócio?

Para integrar o programa, é necessário ser associada Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia, com CNPJ ativo, além de ter uma empresa com teto máximo de faturamento de R$360 mil ao ano, podendo ser autônoma ou com sociedade representada majoritariamente pela mulher.

Se quiser saber mais sobre o projeto Donas do Negócio, acesse a página do projeto.

Prêmio SomosCoop

O Prêmio SomosCoop Melhores do Ano destaca as boas práticas de cooperativas que registraram amplos benefícios aos seus cooperados e à comunidade. Os premiados servem de inspiração para outras cooperativas e as experiências podem ser replicadas em qualquer lugar do país. Em 2024, 18 cooperativas do Brasil foram selecionadas entre mais de 700 cases inscritos. Para conferir os premiados de 2024, acesse a página do Prêmio SomosCoop.

Bandeira da ONU
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Cooperativismo é o único modelo de negócios a ganhar um ano de homenagem da ONU por duas vezes

Você sabia que 2025 foi nomeado o “Ano Internacional das Cooperativas” pela Organização das Nações Unidas (ONU)? Esta é a segunda vez que o nosso modelo de negócios é homenageado pela organização internacional com um ano para chamar de seu. A primeira vez foi em 2012, em reconhecimento ao trabalho realizado pelas cooperativas para recuperar a economia das comunidades onde atuavam, após a crise financeira global de 2008. crise financeira global de 2008. Agora, foi a vez de reconhecer os impactos sociais, econômicos e ambientais das cooperativas na busca por um mundo mais sustentável. Em ambas as ocasiões, o slogan escolhido foi o mesmo: “cooperativas constroem um mundo melhor”. 

O mais legal de tudo é que o cooperativismo, junto com a economia criativa, são os dois únicos modelos de negócios do mundo a serem homenageados pela ONU com um ano internacional — reconhecimento que acontece em âmbito global desde 1959. Significa dizer que o organismo internacional reconhece o papel e importância do coop e seu impacto global duradouro, especialmente enquanto um dos principais motores para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. 

“As cooperativas estão presentes em comunidades grandes e menores, lutando contra a pobreza e a exclusão social, fortalecendo a segurança alimentar, ajudando empreendedores locais a alcançar mercados nacionais e internacionais”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em pronunciamento oficial sobre o lançamento do Ano Internacional das Cooperativas. 

Ainda segundo Guterres, as cooperativas demonstram, em sua prática, a importância da cooperação para solucionar problemas mundiais, comprometendo-se a continuar dialogando com os governos dos 193 países-membros da ONU para que esse trabalho seja reconhecido em escala global.

O presidente da Aliança Cooperativa Internacional, Ariel Guarco, reforça a importância que o cooperativismo tem para o desenvolvimento sustentável do planeta. “Esta é a segunda vez na história que a ONU dedica um ano internacional às cooperativas, e isso não é uma coincidência. As cooperativas estão presentes em todos os aspectos de nossas vidas, e respondem a cada um dos ODS, em todos os lugares”, afirmou.

PESSOAS EM PRIMEIRO LUGAR

A ONU acredita que as cooperativas têm uma capacidade única de promover o crescimento inclusivo e fortalecer a resiliência das comunidades onde atuam. Prova disso é que muito antes de declarar 2012 e 2025 como “Ano Internacional das Cooperativas”, o organismo instituiu o Ano Internacional da Cooperação (1965), que remonta indiretamente ao cooperativismo.

Mas por que será que as cooperativas vêm chamando a atenção de organizações internacionais, como a ONU? Reunimos alguns motivos abaixo:

  1. Cooperativas colocam as pessoas em primeiro lugar, crescendo em momentos de crise, gerando resultados que ajudam a impactar a economia local e a renda dos cooperados.

  2. O cooperativismo tem papel essencial no alcance dos ODS e na inclusão de pequenos produtores rurais, além de trabalhadores autônomos, na economia;

  3. As cooperativas contribuem com a segurança alimentar da população mundial e cuidam das localidades onde estão inseridas, sendo muitas vezes a única instituição financeira de determinadas regiões.

Em números, as cooperativas também têm uma grande representação na economia global. Se fossem um país, as 300 maiores cooperativas movimentariam um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,4 trilhões de dólares, o que as colocaria como a 8ª economia mundial, à frente de países como o Brasil, Canadá e Itália. Os dados são do World Cooperative Monitor (WCM) 2024, produzido pela Aliança Cooperativa Internacional, e também podem ser encontrados no AnuárioCoop 2024, produzido pelo Sistema OCB.

A adesão aos princípios e valores do cooperativismo também vem crescendo exponencialmente. Atualmente, existem 3 milhões de cooperativas e 1 bilhão de cooperados (12% da humanidade).Somente no Brasil, existem 4.509 cooperativas presentes em mais de 3.624 municípios. No mesmo ano, foram catalogados mais de 23,4 milhões de cooperados, o que representa 11,5% da sociedade brasileira associada a uma cooperativa. 

Para completar, o coop brasileiro injetou R$31 bilhões em salários e encargos trabalhistas na economia, empregando 550,6 mil brasileiro. 

O QUE ESPERAR DO ANO INTERNACIONAL DAS COOPERATIVAS?

O cooperativismo já têm um impacto notável na economia e no mundo. Com o apoio e a visibilidade deste Ano Internacional das Cooperativas, espera-se  ampliar ainda mais o alcance do nosso modelo de negócios. A ONU já se comprometeu a fortalecer o cooperativismo, incentivando e apoiando seus 193 países-membros a investir e criar novas cooperativas. Além disso, a organização pretende inserir a participação de representantes cooperativistas em conferências que impactam cenários locais, regionais e mundiais, decisão que deve repercutir diretamente em mais políticas públicas para o cooperativismo e mais espaço na agenda global.

Participe desse movimento!

Oficialmente, o Ano Internacional das Cooperativas de 2025 foi lançado em novembro de 2024, durante a Conferência Global da Aliança Cooperativa Internacional, em Nova Déli, na Índia. Qualquer pessoa pode se engajar nesse movimento cooperativo global, mobilizando eventos, fazendo a divulgação do cooperativismo em suas redes sociais e até usando a logomarca oficial do Ano Internacional das Cooperativas. Para participar da campanha, acesse o site oficial.

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