Imagem da capa do Podcast PodCooperar
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Sintonize no cooperativismo: ouça os podcasts do movimento

Histórias revelam poder transformador desse modelo de negócios coletivo e compartilhado

Podcasts oferecem uma forma de conhecimento envolvente, criativo e que mexe com o imaginário humano. Por meio da audição, histórias, análises e reflexões ganham vida, geram novos aprendizados e oportunidades. Por isso, o cooperativismo brasileiro também tem investido no formato. Em 2023, diversos podcasts coordenados pelo Sistema OCB exploraram o tema com o objetivo de torná-lo ainda mais conhecido e reconhecido pela sociedade, principalmente pelos benefícios e vantagens que oferece como um modelo de negócios sustentável, justo e próspero. 

O primeiro, realizado em parceria com o BrainCast, foi a minissérie Coletividade em Ação: Reinventando a Economia. Na voz do apresentador Carlos Merigo, quatro episódios, com cerca de 25 minutos cada, mergulharam na história e nos impactos do movimento cooperativista:

  • E se você pudesse ter mais voz no seu trabalho?: delineia a trajetória do cooperativismo desde a Inglaterra pós-Revolução Industrial, como chegou ao Brasil, quais os primeiros mercados a utilizar esse modelo de negócios com fundamentos e particularidades. 
  • Cooperativismo como você nunca viu: detalha os principais fundamentos do movimento e como ele funciona na prática. Neste bate-papo, é possível conhecer de forma mais aprofundada a atuação nos Ramos Agro, Crédito, Transporte, Serviços, Energia e Saúde, por meio de histórias reais. 
  • Cooperativismo como você nunca imaginou: evidencia a chave para o crescimento e expansão dos negócios por meio das inovações e práticas ESG – cuidado ambiental, responsabilidade social e boa administração (gestão e governança). 
  • Cooperativismo: Construindo a economia do futuro: explora inspirações e ferramentas do coop para a construção de um futuro mais sustentável, coletivo, justo e igualitário. 

Uma segunda parceria, dessa vez com o Nerdcast, garantiu a produção de um podcast exclusivo sobre o Ramo Crédito para proporcionar uma visão descontraída e educativa sobre o funcionamento e os benefícios das coops desse segmento. Em Os segredos do cooperativismo de crédito, Alexandre Ottoni e Deive Pazos dialogaram com cooperados e com a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, para destacar como as cooperativas de crédito impactam positivamente na vida das pessoas e da sociedade.

o PodCooperar, produção do próprio Sistema OCB, conta com oito episódios emocionantes que retratam histórias reais de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pelo cooperativismo. Cada capítulo foi dedicado a um dos ramos do cooperativismo para oferecer uma visão geral dos princípios e benefícios do modelo de negócios:

Uma história de superação e conquista: conta a história de Maria Eneide Pereira Costa, mulher que enfrentou condições de vida desafiadoras no maior depósito de lixo da América Latina, localizado no Distrito Federal, e que, quando se tornou cooperada, transformou sua realidade. Ela encontrou no cooperativismo uma fonte de esperança e fortalecimento familiar. 

Vidas transformadas pelo cooperativismo: a vida de Maria Luiza Prestes é o tema do episódio. Ex-empregada doméstica, ela se tornou sócia de uma cooperativa no Rio Grande do Sul e pôde concretizar seus sonhos após a chegada da energia elétrica em sua casa, fornecida também por uma coop da região. 

Cuidar das pessoas é nossa essência: Garibaldi Murtosa Júnior conta a história de um menino mineiro que realizou o sonho de ser médico e teve no cooperativismo o apoio que precisava para construir a sua carreira. Para ele, o movimento é mais que um negócio, é uma filosofia de vida.

Cooperativismo pelas estradas: motorista de caminhão, Flávia Reis se tornou cooperada aos 40 anos, quando buscava, junto com seu marido, uma nova forma de trabalho e renda. O casal conheceu o cooperativismo por meio de um familiar e começou uma nova história

O coop no coração da floresta: o engenheiro ambiental Anderson Moreira foi criado na floresta e começa seu dia às cinco horas da manhã, quando vai para a lavoura. Durante a tarde, se dedica à poda de plantas, adubação do solo e colheita. A Cooperativa Camta, em Tomé Açú, no Pará, adquire todos os produtos cultivados em suas terras. Para Anderson, a coop é a base do seu sustento.

Empreender com o apoio do cooperativismo: Paulo Berkenbrock, proprietário de uma loja de roupas e acessórios para surfe e skate em Blumenau (SC) enfrentou dificuldades por conta da pandemia da Covid-19. Foi neste momento desafiador que o cooperativismo entrou na vida da sua família e deu o suporte que eles precisavam para manter o negócio em pé. 

Uma história de vida com o coop: Antônio Albardeiro é cooperado desde 1968 e compartilha uma trajetória cooperativista de 44 anos ao lado de sua esposa, Dona Conceição. Para o casal, os associados são mais do que colegas, são uma extensão da família. 

O cooperativismo como um caminho para a reinserção social: Leilane Sales descobriu no presídio que a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe) poderia mudar sua vida. Com capacitação profissional e fonte de renda, ela conseguiu desenvolver habilidades em bordado e viu potencial para ser artesã.  

 Os podcasts de 2023 informaram e inspiraram pessoas sobre o engajamento do mundo cooperativista e o papel do movimento na construção de um futuro mais coletivo, justo e sustentável. Os ouvintes puderam testemunhar histórias envolventes que conectaram as narrativas da diversidade e o potencial transformador do coop.

Saiba Mais:

- Programa quer tornar o movimento mais reconhecido ao destacar suas potencialidades

- Os segredos do cooperativismo de crédito

- Podcast espalha poder do cooperativismo

Ilustração com a fotografia da apresentadora e informações sobre a exibição do programa sobre cooperativismo
Ilustração com a fotografia da apresentadora e informações sobre a exibição do programa
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Cooperativismo é destaque em programa de TV

Melhor da Noite, da TV Band, vai destacar episódios do SomosCoop na Estrada

O cooperativismo vai marcar presença no programa Melhor da Noite, apresentado por Glenda Kozlowski e Zeca Camargo na TV Band. Todas as terças-feiras de janeiro a março, exceto no dia 13, o programa será palco de inspiração e informação sobre as práticas e conquistas das cooperativas brasileiras no desenvolvimento social e econômico de pessoas, comunidades, cidades e, por consequência, de todo o país. 

Serão exibidas histórias que transformaram a realidade e garantiram mais prosperidade aos cooperados e suas famílias, com o intuito de promover o movimento a nível nacional, tendo em vista o alcance do programa para destacar a importância e os valores cooperativistas. Cápsulas dos episódios das duas temporadas do SomosCoop na Estrada serão reproduzidas, e a apresentadora Glenda fará abordagens importantes sobre o modelo de negócios com o objetivo de enriquecer a discussão sobre o papel das cooperativas na sociedade.

A ação começa nesta terça-feira (30). De acordo com a gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo, a ideia é espalhar o conceito do movimento cooperativista para um público diversificado. “Queremos que o cooperativismo seja cada vez mais conhecido e reconhecido. Que as pessoas entendem as vantagens e benefícios do modelo de negócios e veja nele uma alternativa importante para o seu crescimento pessoal e profissional”, afirmou. 

Bora cooperar? 

Confira os episódios e as cooperativas que terão seus cases de sucesso exibidos no programa:

  • Recicle a Vida (DF) - Exibição: 30/01

  • Cooperativas de São Gabriel do Oeste (MS) - Exibição: 06/02

  • Camta (PA) - Exibição 20/02

  • Sistema Ailos (SC) - Exibição: 27/02

  • Coopmetro (MG) - Exibição: 05/03 

  • Coostafe (PA) - Exibição: 12/03

Saiba Mais: 

SomosCoop na Estrada 

Influenciadores divulgam SomosCoop na Estrada nas redes

Viaje com Glenda Kozlowski na websérie SomosCoop na Estrada

Imagem de uma mão segurando um pequeno globo e em volta papéis coloridos recortados em formato de pessoas.
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Cooperativismo pelo mundo

Cooperativismo pelo mundo: 1 bilhão de pessoas por uma economia mais justa e sustentável

Uma em cada oito pessoas no mundo é ligada ao cooperativismo. É isso mesmo, o coop reúne 1 bilhão de pessoas, cerca de 12% da população global, que estão vinculadas a 3 milhões de cooperativas em todo o planeta.

É por isso que, muito provavelmente, você conhece uma cooperativa ou já consumiu algum produto ou serviço com a marca coop. O cooperativismo está na produção de alimentos, nos serviços financeiros, no transporte de cargas e passageiros, no atendimento à saúde, na oferta de moradia digna, na geração de energia e em muitos outros produtos e serviços. 

Em todo o mundo, as cooperativas são responsáveis por 280 milhões de empregos e movimentam US$ 2,17 trilhões anualmente. Se fossem um país, as 300 maiores coops do mundo seriam a 9ª maior economia global. 

Algumas das maiores empresas do mundo são cooperativistas, como a Corporação Mondragon, maior grupo empresarial do País Basco e sétimo da Espanha; e a instituição financeira cooperativa francesa Groupe Crédit Agricole, que movimentou US$ 88,9 bilhões em 2022. 

Os números são impressionantes, mas o principal diferencial do cooperativismo pelo mundo é o cuidado com as pessoas. Todos esses resultados financeiros são consequência de um modelo de negócio baseado em valores e princípios, com gestão democrática e foco no bem-estar dos cooperados, das comunidades e do planeta. 

Em todos os países onde atuam, as coops são reconhecidas por seu potencial de gerar trabalho e renda, fortalecer a economia local, promover valor a longo prazo e atuar em prol da sustentabilidade.

VOZ MUNDIAL

Com participação econômica e papel social tão relevantes, as cooperativas precisam atuar de forma organizada e ter uma representação institucional forte para garantir que o coop ultrapasse fronteiras e mais pessoas façam parte desse sistema socioeconômico justo e sustentável. 

Mundialmente, quem exerce esse papel é a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), que reúne, representa e trabalha por todas as cooperativas em âmbito global. Fundada em 1895, a ACI é uma das organizações não governamentais mais antigas e uma das maiores do mundo em número de pessoas representadas: 1 bilhão de cooperativistas. 

A entidade atua a partir de seu escritório global, em Bruxelas, na Bélgica, e quatro representações regionais: Europa, África, Américas e Ásia-Pacífico. A voz mundial do cooperativismo tem oito organizações setoriais – Bancos, Agricultura, Pesca, Seguros, Saúde, Habitação, Consumo e Indústria/Serviços –, além de cinco comitês e redes organizadas: de igualdade de gênero, juventude, pesquisa, direito e desenvolvimento. No total, a rede cooperativa mundial da ACI reúne 305 organizações e 103 países-membros. 

“Acreditamos em uma economia que coloca as pessoas e o meio ambiente em primeiro lugar, que a cooperação é mais efetiva que a competição e que a prosperidade deve caminhar junto com o bem-estar de todos. A ACI é a casa que reúne todas as pessoas que praticam esse tipo de economia e que nos representa no cenário internacional como um movimento forte e integrado, defensor de um modelo socioempresarial intimamente ligado ao desenvolvimento sustentável”, afirma o presidente da ACI, Ariel Guarco. 

COOP BRASILEIRO NO MAPA GLOBAL

Representante das cooperativas brasileiras, o Sistema OCB é parte da ACI desde 1989 e sempre participou ativamente da administração da entidade global. Desde 2022, a atuação brasileira tem ainda mais destaque, com a eleição do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, para uma cadeira no Conselho de Administração da ACI. 

“É uma honra representar o movimento cooperativista internacional e poder trabalhar para fortalecer a cultura da cooperação em todo o mundo. Nosso objetivo é criar ambientes regionais e globais que possibilitem a formação e o crescimento das cooperativas”, destaca Freitas. 

Além da ACI, o Sistema OCB integra outros grupos multilaterais do cooperativismo, como a Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM) e a Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), além de promover intercâmbio e cooperação técnica com sistemas cooperativistas nacionais de outro países. 

A inserção do coop brasileiro no mundo é uma das frentes do trabalho de representação institucional do Sistema OCB. A missão inclui levar os produtos das cooperativas do Brasil para mercados internacionais e mostrar os diferenciais do nosso modelo de negócio. 

De acordo com o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Martins, o cooperativismo brasileiro tem diferenciais que atendem a demandas cada vez mais relevantes do mercado global, como desenvolvimento sustentável e comércio justo, e é preciso destacar esses atributos para valorizar as coops do país. 

“As cooperativas podem mostrar uma nova marca do Brasil para o mundo. Cabe a nós levantar essa bandeira, defender os interesses das coops e, ao mesmo tempo, dar visibilidade institucional para o movimento que elas representam, de inclusão financeira, de desenvolvimento das comunidades, de caminhos sustentáveis não só do ponto de vista ambiental, mas também social e econômico”, pondera.

Ano Internacional das Cooperativas 

O papel do cooperativismo para um mundo mais justo, próspero e sustentável também é validado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em reconhecimento à capacidade das cooperativas de apoiar o desenvolvimento de pessoas e comunidades de forma sustentável, a organização declarou que 2025 será o Ano Internacional das Cooperativas

A ONU reconhece a contribuição das cooperativas para a segurança alimentar, redução das desigualdades de gênero, inclusão dos jovens, das pessoas com deficiência, das populações indígenas e dos agricultores familiares e quer fortalecer essas ações em todo o mundo. 

Para isso, durante o Ano Internacional das Cooperativas, a ONU incentivará e apoiará seus 193 países-membros a apoiar suas cooperativas e estimular a criação de novas. A organização vai promover ações de cooperação técnica e transferência de conhecimento entre coops do mundo e quer garantir a participação de representantes cooperativistas em fóruns de decisões locais, regionais e globais.

É a segunda vez que a ONU declara um ano de reconhecimento às cooperativas. Na primeira, em 2012, a entidade reconheceu o papel das coops na retomada global após a crise econômica de 2008. Na época, o impulso da ONU levou a um crescimento significativo do cooperativismo pelo mundo.

imagem de pessoas segurando peças grandes de quebra-cabeça
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5 lições do cooperativismo para a política

2024 é ano de eleições municipais no Brasil. A data sempre deixa a política mais presente no dia a dia e coloca o assunto em pauta na casa de milhões de brasileiros. Mas o que isso tem a ver com o cooperativismo? Tudo! 

O cooperativismo é um jeito de fazer negócios que coloca as pessoas em primeiro lugar, unindo desenvolvimento econômico e social, com foco nos cooperados e nas comunidades. Esse modelo justo, democrático e sustentável é uma ótima influência para quem faz política e tem muitos bons exemplos para inspirar quem decide o futuro das cidades, dos estados e do país. 

Veja 5 lições do cooperativismo para a política: 

 

1) A união faz a força

Sozinho, um político, por mais habilidoso que seja, não faz nada. Ele precisa saber atuar de forma cooperativa com o máximo de pessoas possível, sem abrir mão de valores, para conseguir aprovar suas pautas e pleitos. 

No cooperativismo é exatamente assim: a união de pessoas com interesse em comum gera resultados muito melhores do que se estivessem atuando sozinhas. A regra vale para profissionais que se juntam para oferecer seus serviços de forma coletiva, grupos que se unem para comercializar seus produtos com escala e melhores preços, outros que se agrupam em busca de soluções de crédito ou infraestrutura mais justas e acessíveis, entre muitos exemplos. 

Em uma cooperativa, todos trabalham coletivamente para conquistar renda e prosperidade. Além disso, a gestão é democrática e transparente, as decisões dependem da aprovação de todos, e os resultados financeiros são compartilhados, com reinvestimento no negócio ou distribuição entre os cooperados. 

2) Compromisso com a comunidade 

O bom político precisa ter interesse pela comunidade onde atua, defendendo o desenvolvimento da região que o elegeu. 

No cooperativismo, o interesse pela comunidade é um dos nossos princípios. Não basta gerar renda, trabalho e prosperidade apenas para as pessoas diretamente ligadas às cooperativas, é preciso impactar positivamente o entorno, com iniciativas sociais, de educação, inclusão, e muitas outras. 

Onde tem uma cooperativa, a vida das pessoas melhora. Nas cidades onde as cooperativas estão presentes, é possível observar um incremento na arrecadação de impostos, na geração de empregos, na educação e na promoção social. Um estudo feito pelo Sistema OCB e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) comprovou que a presença de uma cooperativa em um município melhora a renda, o nível de emprego e a movimentação da economia.

3) Atuação ética 

O apreço pela honestidade, pela transparência e o respeito ao patrimônio público são valores que todo mundo espera de um bom político. 

No cooperativismo, a integridade, ética e transparência são compromissos inegociáveis, que direcionam o funcionamento e a gestão das coops. Essa atuação responsável abrange o cumprimento de leis e normas, a conformidade social e ambiental, além de boas práticas trabalhistas, valorização dos colaboradores e atuação em prol das comunidades. 

Para garantir que esses compromissos estejam no dia a dia dos negócios, as coops são gerenciadas segundo os princípios da governança cooperativa, baseado na autogestão, transparência, sustentabilidade e no senso de justiça. As diretrizes éticas visam garantir o cumprimento das metas sociais, a administração sustentável e o atendimento do interesse dos cooperados. 

4) Responsabilidade com o meio ambiente

A preocupação com as causas ambientais e a defesa de um modo de produção mais sustentável é uma pauta consolidada na política. Em todo o mundo, as lideranças empenhadas em apoiar a economia verde e combater as mudanças climáticas têm ganhado cada vez mais destaque.

Para o cooperativismo, esse assunto sempre foi uma prioridade. Além de promover o desenvolvimento econômico e social das pessoas e comunidades, o cooperativismo está comprometido com o planeta. As coops são protagonistas da agenda ESG –  sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, que se refere a ações Ambientais, Sociais e de Governança.

Em todos os setores em que atuam, as cooperativas desenvolvem ações de cuidado com o meio ambiente, seja com a produção e uso de energias limpas e renováveis, a reciclagem de resíduos, a agricultura de baixo carbono, entre outras iniciativas. 

Até a Organização das Nações Unidas (ONU) já destacou o papel das coops para o meio ambiente: “por ter sua identidade baseada na ética e em valores, as cooperativas entendem que seus negócios não podem perdurar sem boas práticas ambientais, trabalho decente para cooperados e empregados; e tomada de decisão ampla e inclusiva.”  

5) Respeito e valorização da democracia

Um bom político respeita as diferenças e valoriza a diversidade, independente de suas preferências ideológicas. 

No coop o respeito à democracia está presente entre os nossos princípios. O primeiro deles determina que as cooperativas são organizações de adesão livre e voluntária, ou seja, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminação de gênero, social, racial, política e religiosa.

O compromisso das coops com a diversidade também está na gestão democrática, na valorização das visões e opiniões para criar ambientes colaborativos, na comunicação aberta e respeitosa e nas ações de inclusão e equidade promovidas entre colabores, cooperados e nas comunidades em que atuam. 

 As cooperativas brasileiras na política

Para dar voz e visibilidade às cooperativas brasileiras nos espaços de decisão e de formulação das políticas públicas do país, o Sistema OCB tem uma equipe especializada em representação institucional. São cientistas políticos e especialistas técnicos que atuam estrategicamente para defender os interesses das cooperativas brasileiras, apresentar informações sobre o poder transformador do coop e impedir medidas que possam afetar negativamente nosso modelo de negócio.

Uma das frentes da representação institucional é a atuação junto aos Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. O trabalho envolve a articulação política com deputados e senadores no Congresso Nacional, agendas com autoridades do governo e o acompanhamento de processos relacionados ao coop nos tribunais superiores. 

No Congresso, a defesa dos interesses das cooperativas é feita em conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), uma bancada suprapartidária formada por deputados e senadores que abraçaram a causa cooperativista. 

Criada em 1986, na atual legislatura a Frente tem 325 parlamentares: 285 deputados e 40 senadores, mais da metade da bancada das duas Casas. O grupo atua de forma articulada e transparente com a equipe do Sistema OCB para garantir que o cooperativismo esteja na agenda do Parlamento na discussão de leis que impactam o setor, tanto nas comissões temáticas quanto nas votações em plenário. 

Em 2023, o trabalho de representação institucional garantiu uma conquista política muito importante para as cooperativas brasileiras: a inclusão e aprovação de dispositivos que consideram a necessidade do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo e permitem a criação de um regime específico de tributação para as cooperativas no texto da Reforma Tributária.

Quer acompanhar o trabalho do Sistema OCB junto aos Três Poderes? Acesse a Agenda Institucional do Cooperativismo e fique por dentro de todos os assuntos da política nacional relacionados ao coop. 

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Iniciativas ESG impulsionam melhorias na gestão das cooperativas

Cooperativas buscam excelência em processos para alcançar seus propósitos

O cooperativismo sempre se preocupou com a responsabilidade socioambiental. Por isso, o ESG está na pauta do movimento em seus três pilares de atuação: ambiental, social e governança. Em todo o Brasil, as cooperativas buscam aumentar a qualidade e a competitividade de suas atividades por meio do desenvolvimento e adoção de boas práticas e melhoria de seus processos de gestão.

Ao adotar iniciativas ESG, as cooperativas elevam sua competitividade e avançam na preservação dos valores e princípios adotados pelo modelo de negócios que tem como um de seus principais diferenciais o propósito de cuidar das pessoas. Isso possibilita uma maior aproximação também com os consumidores  e o fortalecimento do movimento como um todo.

As ações adotadas pelas cooperativas reduzem o impacto ambiental das atividades com a aplicação de medidas sustentáveis, como o respeito às normas para uso dos recursos naturais, a busca pela neutralidade de carbono e a adoção de fontes de energia renovável.

Para o social, a estratégia visa proporcionar bem-estar aos cooperados e suas comunidades, fortalecer laços, apoiar a educação e promover a igualdade. Tudo em prol de um mundo mais inclusivo, com orientação de gestão organizacional, respeito aos direitos humanos e desenvolvimento social.

Já para a  gestão, transparência e integridade são as palavras de comando. O trabalho é feito para garantir ética, eficiência e excelência, com programas de mentoria para conformidade dos processos, avaliação dos estágios alcançados, nivelamento de conhecimento e elaboração de manuais de Compliance.

O reconhecimento dessas ações que visam aprimorar os processos de gestão também é um passo importante adotado pelo cooperativismo. Por isso, a cada dois anos é realizado o Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão. Ele reconhece as cooperativas que promovem o aumento da qualidade e da competitividade do modelo de negócio com troféus bronze, prata e ouro, além de selos em quatro diferentes níveis de maturidade: Primeiros Passos para a Excelência, Compromisso com a Excelência, Rumo à Excelência e Excelência.

Neste ano, 56 cooperativas foram premiadas. O troféu ouro foi entregue para 17 cooperativas, enquanto o de prata ficou com outras 17 e o de bronze com 22. Em Excelência, duas coops receberam o troféu ouro: a Cocamar, do Paraná, e o Sicoob Credicom, de Minas Gerais.

João Augusto Oliveira Fernandes, presidente da cooperativa mineira, comemorou a vitória e enfatizou a importância da conquista.  "Através da capacitação, conseguimos elevar nosso padrão e, consequentemente, oferecer condições melhores aos nossos cooperados".

Já o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, destacou que o caminho até a conquista do prêmio foi construído aos poucos. Para ele, não é um processo rápido, mas que se torna duradouro e permanente. "Planejamos e nos comprometemos em realizar uma gestão de auto nível, em busca da  excelência. O crescimento da nossa cooperativa é fruto de profissionalização da gestão e aprimoramento constante da nossa governança".

Na categoria Primeiros Passos, a Sicredi Evolução, da Paraíba foi uma das cooperativas que recebeu o troféu prata. João Bezerra Júnior, presidente da cooperativa, considera o reconhecimento uma demonstração do potencial do movimento no Nordeste. "Com o apoio necessário, conseguimos ter acesso ao modelo de governança e gestão na educação. A partir desse suporte, conseguimos fazer uma prestação de serviço relevante", afirmou.

Com o troféu prata no nível de maturidade Excelência, Sérgio Cadore, presidente do Conselho de Administração da Viacredi, de Santa Catarina, destacou os frutos do reconhecimento. "Nossa equipe sabe quais objetivos queremos alcançar. Temos convicção de que os frutos serão revertidos em bem-estar e prosperidade para os nossos cooperados. Por isso, nosso segredo é manter os colaboradores felizes, aumentar nossos resultados e contribuir para o desenvolvimento da comunidade”.

Confira a lista das cooperativas vencedoras

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