O programa Melhor da Noite, exibido pela Band TV, mostra mais uma vez a força do cooperativismo na edição desta quarta-feira (23) e também do dia 30. Dessa vez, o destaque em rede nacional será para a campanha SomosCoop 2025, que tem como mote Bora Cooperar por um mundo melhor? O objetivo é ampliar a visibilidade do movimento e seus impactos positivos na sociedade.
A ação vai destacar ainda o Ano Internacional das Cooperativas, celebrado em 2025, e a exibição de episódios da terceira temporada da websérie SomosCoop na Estrada, que mostra, na prática, como o cooperativismo transforma realidades em todo o país. Durante os programas os apresentadores Glenda Kozlowski e Otaviano Costa vão abordar a importância do cooperativismo como ferramenta de desenvolvimento sustentável, geração de renda e construção de uma sociedade mais justa e colaborativa.
No programa desta quarta-feira (23), será exibido o primeiro episódio da terceira temporada do SomosCoop na Estrada, que apresenta a história da Arteza, localizada no sertão da Paraíba. A cooperativa de artesanato tem promovido o desenvolvimento local e gerado novas oportunidades para a população da região, além de permitir que muitas pessoas permaneçam em sua terra natal com qualidade de vida.
Já no dia 30/04, será a vez do Espírito Santo ganhar evidência com a exibição do episódio final da temporada. Nele, são destalhadas a trajetória da cooperativa Cafesul e do projeto Póde Mulheres, que valoriza o protagonismo feminino a partir da produção de um café premiado e reconhecido nacionalmente. Por meio da cooperação, elas conquistaram espaço, autonomia e respeito, transformando suas histórias e suas comunidades.
Os episódios mostram, com exemplos reais, o impacto positivo que o cooperativismo tem na vida de milhares de brasileiras e brasileiros.
Acompanhe o programa pelo Youtube do Melhor da Noite: https://www.youtube.com/@melhordanoite
Confira também os episódios do SomosCoop na Estrada nos vídeos abaixo:
As cooperativas agropecuárias fazem parte da história e do dia a dia de milhões de brasileiros, seja pelas oportunidades de trabalho para gerações de produtores rurais ou por garantir produtos de qualidade na mesa há várias décadas, como o cafezinho de todos os dias, a carne, o leite e o arroz com feijão. Em todo o Brasil, 1.179 coops agropecuárias são indispensáveis para o fortalecimento dos negócios de produtores de todos os tamanhos e para impulsionar a economia brasileira.
Em 2024, a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) do país foi de 22%, segundo projeções oficiais, e as cooperativas têm grande influência nesses números, por sua presença significativa nas diferentes cadeias produtivas do segmento.
Para se ter uma ideia dessa dimensão, as coops produzem mais de mais de 50% da safra nacional de grãos. Juntos, 1 milhão de cooperados e 257.137 funcionários das cooperativas do ramo agro são responsáveis por 75% da produção de trigo, 55% de café, 53% de milho, 52% da soja, 50% dos suínos, 48% do algodão, 46% do leite e 43% do feijão em todo o país, segundo dados do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o cooperativismo tem capacidade de armazenamento de 1/4 do total de grãos disponível no Brasil.
De acordo com o IBGE, 20% da área de todos os estabelecimentos agropecuários do país são associados a cooperativas, em um total de 70,5 milhões de hectares nas mãos de produtores cooperados.
“A representatividade significativa das cooperativas agropecuárias na produção nacional demonstra a capacidade que o modelo de negócios cooperativo tem de potencializar os resultados dos produtores rurais cooperados, das comunidades e do Brasil como um todo. Esses números colocam as cooperativas como destaque no fornecimento de alimentos para população e matérias-primas para a indústria, além da geração de empregos, renda e desenvolvimento local”, destaca o coordenador do ramo Agropecuário do Sistema OCB, João José Prieto.
Os resultados dessa atuação se traduzem em números impressionantes: em 2023, as coops agropecuárias geraram R$423 bilhões em ingressos e R$20,5 bilhões de em sobras disponíveis aos associados. Esses resultados beneficiam diretamente as famílias cooperadas, fortalecem a economia local e aumentam a qualidade de vida das pessoas por todo o Brasil.
Inclusão e sustentabilidade
Além do impacto na economia, o cooperativismo tem outro papel fundamental: transformar a vida das pessoas do campo para melhor. Mais de 70% dos cooperados do ramo são produtores rurais da agricultura familiar. A organização em uma coop garante que eles ganhem escala e fortaleçam sua atuação no mercado, tanto na compra coletiva de insumos quanto na garantia de melhores preços para sua produção.
Com a atuação em conjunto, os cooperados têm a vantagem de sofrer menos perdas em períodos difíceis – como adversidades climáticas – e recebem suporte das cooperativas, o que permite a continuidade de sua atividade e garantia de renda. As coops também oferecem infraestrutura e assistência técnica no campo.
A atuação das cooperativas agropecuárias brasileiras também é marcada pela inovação e pelo respeito ao meio ambiente. Em todo o país, elas estão à frente de diversas iniciativas de produção sustentável e desenvolvimento de tecnologias que aumentem a produtividade com uso racional dos recursos naturais e geração de impactos positivos para os cooperados e as comunidades.
Conheça três cooperativas agropecuárias brasileiras que são referência em suas áreas de atuação:
Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta)
Criada por imigrantes japoneses que chegaram à Amazônia na década de 1920 e decidiram plantar suas lavouras em plena floresta, a Camta atualmente reúne cerca de 200 cooperados, tem mais de 1,8 mil produtores de matéria-prima cadastrados e fatura, em média, R$ 50 milhões por ano. A coop tornou-se uma referência internacional de produção sustentável por implementar o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta), que simula o ambiente natural da floresta nativa. Em meio às árvores nativas, os cooperados produzem pimenta-do-reino, cacau, açaí, frutas e óleos vegetais comercializados no Brasil e no exterior.
A AuroraCoop é uma gigante formada por milhares produtores rurais do cooperativismo brasileiro que atua na industrialização e comercialização de carnes suínas, aves, lácteos, massas, vegetais, pescados e suplementos para nutrição animal. Com mais de cinco décadas de história, a coop leva o fruto do trabalho de 150 mil famílias de produtores para consumidores do Brasil e mais 80 países. Comprometida com a sustentabilidade, a Aurora Coop é reconhecida por suas iniciativas de bem-estar animal e preservação ambiental.
Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé)
Fundada em 1932, a Cooxupé é uma das maiores cooperativas de café do mundo, representando cerca de 20 mil famílias cooperadas em mais de 300 municípios de Minas Gerais e São Paulo. Com 49 unidades de negócio, a coop exporta café para mais de 50 países, com resultados significativos para a balança comercial do agro brasileiro. Em 2024, a Cooxupé registrou faturamento recorde de R$ 10,5 bilhões, com parte desses resultados distribuídos entre os cooperados. Reunidas no Protocolo Gerações, as ações de sustentabilidade da cooperativa têm o reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Plataforma Global do Café (GCP).
A exportação de produtos brasileiros tem ganhado cada vez mais espaço no mercado global. Para ter uma ideia, só ano passado, o Brasil exportou o equivalente a US$ 337,036 bilhões! Só o setor agropecuário foi responsável por vender US$ 164,4 milhões no mercado internacional, proporcionando desenvolvimento econômico para o país.
Tal volume demonstra a relevância do comércio exterior para a economia nacional - e as cooperativas desempenham um grande papel nesse cenário. As cooperativas proporcionam suporte, estrutura e representação coletiva, tornando a comercialização internacional mais acessível até mesmo para pequenos e médios produtores.
Mas, afinal, o que faz exportar por meio de uma cooperativa um bom negócio? Conheça o impacto do cooperativismo nas exportações brasileiras e veja as razões de integrar uma cooperativa a fim de fazer negócios mundo afora!
O potencial das cooperativas na exportação
Os números mostram que o cooperativismo brasileiro tem se consolidado no comércio exterior. Segundo dados do Sistema OCB e da ApexBrasil, as cooperativas apoiadas pela agência renderam mais de US$ 8 bilhões com exportações em 2023, um aumento de 13% em relação ao ano anterior.
Os principais estados exportadores via cooperativas são Paraná, que lidera com quase 50% das exportações, Santa Catarina, com 19%, e Minas Gerais, com 12,5%. Os produtos cooperativistas brasileiros têm China, Japão, Países Baixos, Alemanha e Estados Unidos como principais destinos.
Por que cooperativas são um bom caminho para o produtor que quer exportar?
Os números são positivos em relação a exportar por meio de uma cooperativa porque esse modelo traz diversas vantagens, especialmente para pequenos e médios produtores que desejam ampliar seu mercado.
Entre os principais benefícios, podemos citar:
1. Escalabilidade para pequenos produtores
Pequenos produtores que desejam entrar no mercado internacional podem encontrar barreiras operacionais e burocráticas para entrar no mundo da exportação. Mas a cooperação pode ser a solução!
As cooperativas podem facilitar o acesso ao comércio exterior ao reunir produtores com interesses comuns para negociar volumes maiores e obter condições comerciais mais competitivas.
2. Sustentabilidade como tendência de consumo
Cada vez mais, o mercado global prioriza produtos sustentáveis. As cooperativas têm se destacado nesse cenário ao adotar práticas ambientais responsáveis e com as certificações exigidas por vários países. Isso amplia a aceitação dos produtos e aumenta o valor agregado deles.
3. Agregação de valor e diversificação de mercados
A atuação coletiva permite que as cooperativas invistam em infraestrutura, certificação e tecnologia, possibilitando a oferta de produtos com padrão internacional de qualidade. Atuando de forma independente, muitos produtores não conseguem ter acesso a esses recursos.
Além disso, a exportação por meio das cooperativas facilita a entrada em mercados diversos e a negociação com compradores estrangeiros.
4. Geração de oportunidades por meio da colaboração
O cooperativismo tem como base a colaboração entre seus membros. Ao unir forças, os produtores têm mais capacidade de acessar mercados internacionais, fechar negócios e participar de iniciativas governamentais que incentivam as exportações.
O Sistema OCB também é um grande aliado para que as cooperativas possam desbravar novos mercados. O apoio para dar mais protagonismo às cooperativas na exportação é uma das diretrizes do Sistema OCB e das Organizações Estaduais.
Casos de sucesso: cooperativas brasileiras no mercado internacional
Algumas cooperativas são exemplos de sucesso na exportação, conquistando mercados exigentes ao redor do mundo. Que tal conhecermos algumas dessas iniciativas inspiradoras?
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A Aurora Coop, cooperativa exportadora de proteínas como frango e suínos, se destaca por investir na padronização e em certificações que garantem a qualidade e conformidade de seus produtos. Desse modo, ela consegue competir em mercados como China e União Europeia. A AuroraCoop, aliás, venceu o Prêmio Melhores dos Negócios Internacionais 2024!
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Já a Cooabriel, maior cooperativa de cafeicultores conilon do Brasil, tem ampliado sua atuação internacional por meio da exportação direta. Ou seja, a cooperativa vende seus produtos diretamente para compradores internacionais sem intermediários.
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Outra cooperativa de destaque na exportação é a Comapi. Especializada na produção de mel, a cooperativa tem firmado parcerias estratégicas para expandir sua presença no mercado global, ganhar competitividade e fomentar o desenvolvimento da comunidade.
Quer exportar? Que tal uma cooperativa?
Se você é produtor e deseja ingressar no mercado internacional, abrir ou se associar a uma cooperativa pode ser a melhor alternativa.
O Sistema OCB oferece programas de qualificação e suporte para produtores interessados na exportação. Para saber mais, conheça o Programa NegóciosCoop - Mercado Internacional e descubra as oportunidades que o cooperativismo pode oferecer!
Está comprovado que a presença de uma cooperativa de crédito melhora indicadores econômicos e sociais nos municípios onde atuam. Os dados estão em uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo Sistema OCB e traduzem histórias de transformação lideradas pelas coops em várias partes do Brasil. Uma delas vem de Mato Grosso, onde o Sicoob Primavera investiu em um projeto de cultura e educação reconhecido nacionalmente.
Tudo começou no município de Canarana, um dos maiores produtores de grãos do estado. Em meio à riqueza do agronegócio, a cooperativa percebeu que faltava na cidade um ambiente para que crianças e adolescentes de comunidades vulneráveis pudessem ter acesso à educação financeira, arte e cidadania. A resposta do Sicoob Primavera para o desafio foi a criação do Espaço Cooperar, que oferece oficinas de balé, música, corte e costura, informática, jiu-jitsu, teatro, dança, canto e outras atividades.
O projeto deu tão certo que hoje tem mais duas unidades nos municípios paraenses de Rondon do Pará e Dom Eliseu, onde a cooperativa também atua. Em 2024, a iniciativa venceu o Prêmio SomosCoop Melhores do Ano na categoria Coop Cidadã.
O início da transformação
O Espaço Cooperar de Canarana foi criado pelo Sicoob Primavera com o apoio da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Educação e Cultura. O primeiro passo foi uma oficina de balé para 90 crianças de famílias cadastradas no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do município. A coop investiu na compra de uniformes e materiais para as aulas, na infraestrutura do prédio onde as atividades são realizadas e na contratação de colaboradores para cuidar da manutenção do local.
A gerente regional do Sicoob Primavera, Vivian Marques de Campos Silva, afirma que o cuidado com o projeto foi uma forma de colocar em prática o princípio cooperativista do interesse pela comunidade. Além disso, foi uma forma de retribuir a confiança dos cooperados desde que a instituição financeira abriu um posto de atendimento na cidade.
“Temos cerca de 2,6 mil famílias que disseram sim ao Sicoob em Canarana para ter atendimento humanizado e produtos e serviços atrativos. O Espaço Cooperar é uma das formas de agradecimento da cooperativa pelo bem que recebemos, retribuindo em forma de ações sociais para mais de 300 crianças, adolescentes, jovens e adultos que participam das oficinas disponibilizadas diariamente”.
Com o sucesso das aulas de dança em Canarana, o Espaço Cooperar passou a oferecer novas atividades, foi replicado nos municípios paraenses e hoje atende 850 crianças e adolescentes nas três unidades.
“É um espaço de aprendizagem de forma lúdica, onde as crianças aprendem por meio da arte e essa parceria tem sido o diferencial na vida de muitas crianças que não tinham oportunidades de poder expandir suas potencialidades culturais”, destaca a secretária de Cultura de Rondon do Pará, Rosa Maria Peres Lima.
Inclusão
A professora de balé do Espaço Cooperar de Canarana, Amanda Lange, conta que as aulas de dança vão muito além do aprendizado de passos e coreografias, e abrem horizontes para que as pequenas alunas também possam sonhar com novas possibilidades para o futuro. “São talentos que ficariam escondidos, porque os pais não teriam condições de pagar a mensalidade, ou mesmo bancar o uniforme, gastos com apresentações. É um projeto que com certeza fará a diferença na vida dessas crianças, que vão se tornar adultos melhores e profissionais melhores”, afirma.
Avó de uma das alunas de balé do Espaço Cooperar de Canarana, Eni Silva diz que a comunidade se sente prestigiada pelas iniciativas do projeto. “É uma grande oportunidade que o Sicoob trouxe para pessoas que não teriam como levar seus filhos para aulas como essa [de balé]. Todas as mães e pais que trazem suas filhas aqui têm esse sentimento de gratidão por essa oportunidade”.
As oficinas do projeto do Sicoob Primavera também são inclusivas para pessoas com deficiência.
Conheça outros projetos vencedores do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2025 e veja como as cooperativas constroem um mundo melhor!
A agricultura familiar e o cooperativismo têm uma ótima conexão! Segundo o Censo Agropecuário de 2017, do IBGE, 71,2% dos estabelecimentos rurais de produtores associados a cooperativas são do perfil da agricultura familiar.
E essa ligação não é por acaso! A agricultura familiar consiste em uma produção sustentável e realizada por famílias. Já o cooperativismo visa construir uma economia mais justa, oferecendo boas condições de trabalho aos cooperados e colaboradores, enquanto fornece produtos e serviços de qualidade ao mercado interno e externo.
Quer saber como essa simbiose funciona? Continue aqui para entender mais sobre a agricultura familiar, sua relação com o cooperativismo e como o modelo de negócios pode alavancar esses estabelecimentos!
Agricultura familiar
A agricultura familiar é essencial para o agronegócio brasileiro não somente por ser um modelo de negócio sustentável. Segundo o IBGE, 77% dos estabelecimentos rurais são de pequenos produtores.
Mesmo com uma escala menor quando comparadas aos grandes complexos agropecuários, a produção familiar auxilia a manutenção da diversidade agrícola e fomenta o desenvolvimento econômico das áreas rurais. Além disso, a agricultura familiar é responsável por 23% do valor total da produção agrícola nacional.
Fica claro, portanto, que o setor não só contribui com a economia, mas também fornece alimentos frescos e acessíveis, sendo uma ferramenta para a segurança alimentar e incentivando práticas sustentáveis.
PNAE e PAA: promovendo a agricultura familiar
Para ser partícipe do desenvolvimento sustentável, a agricultura familiar brasileira conta com algumas iniciativas do Governo Federal. Algumas das mais conhecidas são: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O PNAE é responsável por garantir que parte dos alimentos das escolas públicas sejam provenientes de agricultores familiares. A ideia é gerar renda aos agricultores, enquanto oferecem alimentos de qualidade aos alunos.
Já o PAA consiste na compra de alimentos diretamente dos pequenos produtores para fortalecer instituições que promovam a segurança alimentar. Assim como o PNAE, o Programa de Aquisição de Alimentos também incentiva a produção sustentável, a segurança alimentar e a geração de renda.
O cooperativismo e a agricultura familiar
A agropecuária também se destaca dentro do cooperativismo. Segundo o Anuário do Cooperativismo 2024, foram contabilizadas 1.179 cooperativas, mais de um milhão de cooperados e 257 mil colaboradores.
Além disso, o Ramo Agropecuário fechou o ano de 2023 com R$ 274 bilhões em ativos e R$ 20,5 bilhões gerados em sobras, que serão distribuídas aos cooperados e investidas na cooperativa.
Dentro desses grandes números, que mostram o poder e sucesso do cooperativismo, estão os estabelecimentos de agricultura familiar. Nesse modelo de negócios, os agricultores familiares são cooperados e se beneficiam das inúmeras vantagens que o coop tem a oferecer.
Cooperativismo e sustentabilidade
Além de abrigar uma abundância de cooperados de estabelecimentos de agricultura familiar, o cooperativismo também se preocupa com a sustentabilidade. As organizações investem na pauta ESG, abreviatura de Environment (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança), implementando projetos que visam uma produção mais sustentável.
As coops também são agentes de fomento cruciais para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mais conhecidos como ODSs, da ONU. Segundo a organização, o cooperativismo pode auxiliar na inclusão de mulheres, pessoas com deficiência e povos indígenas e na erradicação da fome.
Isso só é possível, pois as cooperativas seguem sete princípios que pregam igualdade, sustentabilidade, democracia e educação. Com esse foco, as organizações visam desenvolver e implementar iniciativas que contribuam para uma economia mais justa.
Cooperativismo fomenta a agricultura familiar
O cooperativismo também busca oferecer boas condições para a atuação dos associados. Por meio do modelo de negócios cooperativista, os pequenos produtores conseguem unir forças para colaborar a fim de obter uma maior integração na cadeia produtiva e ganho de escala sem perder as características essenciais do segmento
Dessa maneira, as cooperativas também atuam para promover a diversificação de negócios, adequando a produção familiar às demandas do mercado. Além disso, ao inovar e acreditar em uma sociedade mais igualitária e sustentável, o cooperativismo mostra que a agricultura familiar tem um espaço para crescer e se desenvolver.
Sendo assim, as cooperativas fomentam os empreendimentos de agricultores familiares, gerando renda a eles e preservando o meio-ambiente. Essas condições fazem com que a permanência no campo aumente, reduzindo o êxodo rural e fomentando o desenvolvimento das comunidades
Cases de sucesso de cooperativas de agricultura familiar
Não é de hoje que as cooperativas incentivam a agricultura familiar. As organizações agropecuárias contam com uma grande parcela de agricultores familiares em sua base de cooperados. Por conta disso, as coops fazem questão de incentivar projetos de inovação que trazem benefícios para todos os associados e para a comunidade em que vivem.
A Coopaita e a Coopemapi, ambas cooperativas de agricultura familiar, contam com o auxílio de algumas organizações para exportar seus produtos e se tornarem referência no ramo. Já o Sicredi aproveitou sua abundância de recursos para incentivar e melhorar a agricultura familiar.
Coopaita: agricultura familiar do Brasil para o mundo
A Cooperativa Nacional de Produção e Agroindustrialização, mais conhecida como Coopaita, faz sucesso com as frutas in natura e com a produção de frutas desidratadas. A organização está presente no mercado nacional e internacional.
Para se tornar referência, a cooperativa precisou focar em melhorar a produção, buscando oferecer as melhores condições para o cultivo das frutas in natura. A Coopaita contou com a ajuda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), que desenvolveu novas técnicas e variedades de plantas.
A organização ainda participou de diversas feiras e eventos, e investiu no design de embalagens funcionais e atraentes. Assim, construíram uma boa base de seguidores nas redes sociais e de clientes.
A cooperativa foi capacitada para exportação no PeiexCoop, o Programa de Qualificação para Exportação de Cooperativas da ApexBrasil.
Coopemapi: famílias que produzem mel de qualidade
A Cooperativa de Apicultores do Norte de Minas, mais conhecida como Coopemapi, também passou a exportar mel. O processo aconteceu em 2019 com o auxílio da Agro.BR e do Sistema Faemg/Senar. Já por meio do Programa de Assistência Técnica Gerencial, quatro apicultores foram qualificados e responsabilizados pela produção do mel exportado.
Como parte da Agro.BR, a cooperativa recebe capacitação técnica para atender às exigências do mercado internacional. Diante de todo esse esforço, a Coopemapi já exportou para Bélgica, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Alemanha, Itália e China.
Com o sucesso do mel, os agricultores familiares decidiram lançar produtos diferenciados, como o mel de aroeira e o mel monofloral de pequi. O último produto orgânico produzido foi apresentado na Feira Líder Mundial de Alimentos Orgânicos (Biofach), na Alemanha.
Sicredi: intercooperação financia agricultores familiares
Com mais de sete milhões de associados e uma grande presença em toda a federação, o Sicredi contribui para o desenvolvimento econômico e social de inúmeras comunidades. Prova disso é que o sistema cooperativo é conhecido por ser a segunda instituição com maior liberação de crédito rural do Brasil.
Em 2022, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Sicredi disponibilizou mais de R$ 10 bilhões à agricultura familiar. O valor contempla produtos custeiam o plantio e a manutenção de lavouras, e investimentos em máquinas, implementos, benfeitorias rurais e infraestrutura para energia solar.
A cooperativa também atua em outros projetos que visam a energia verde, como o Renovagro, o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
Conclusão
A parceria entre a agricultura familiar e o cooperativismo é essencial para garantir uma produção sustentável, que promova a inclusão produtiva e gere resultados positivos. Ao prezar por uma economia mais justa, o coop visa apoiar empreendimentos sustentáveis, democráticos e igualitários.
E para estreitar a relação entre a agricultura familiar e o cooperativismo, o CapacitaCoop, do Sistema OCB, oferece o curso Agricultura Familiar nas Compras Públicas. Nele você compreende mais sobre a parceria e conhece as modalidades de compra governamentais que sua cooperativa pode participar.