Plataforma de capacitação do cooperativismo chega a 150 cursos online gratuitos

Em 2020, quando o mundo parou por causa da pandemia do coronavírus, os cooperativistas brasileiros ganharam um espaço inovador de aprendizado virtual. Criada na hora certa, a plataforma CapacitaCoop ajudou os profissionais do coop a continuarem evoluindo, mesmo quando eles não podiam sair de casa. Passados três anos, esse espaço alcançou marcas históricas: 150 cursos online gratuitos e mais de 45 mil inscritos. 

“O crescimento da CapacitaCoop foi tão destacado que acabou virando um case, apresentado no 38º Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento, em São Paulo [realizado em junho]", explica a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Débora Ingrisano. "Além do destaque na quantidade, os cursos têm sido muito bem avaliados. Na consolidação da pesquisa de satisfação, 91% dos alunos atribuíram nota de 8 a 10, em uma escala de 1 a 10 para nota geral do curso. São produções feitas com rigor técnico, com design instrucional moderno e atrativo”, acrescenta a gestora. 

Os cursos de capacitação cooperativista oferecidos pelo Sistema OCB vinham sendo realizados mesmo antes da pandemia, desde 2017. No início, as aulas eram oferecidas por meio da estrutura da Faculdade Unimed — instituição de ensino superior da maior cooperativa de saúde do mundo, o Sistema Unimed. Como o interesse pela modalidade virtual foi crescendo, o Sescoop — responsável pela capacitação e desenvolvimento da governança e gestão do coop brasileiro —  decidiu investir em uma plataforma própria. 

A contratação de um serviço especializado ocorreu no começo de 2020 e foi agilizada por causa da pandemia, com adaptações para combinar a facilidade da Educação à Distância com as características do modelo de negócio cooperativista. Lançada oficialmente em abril de 2020, com seis cursos, a plataforma fechou aquele ano com 12 mil inscrições. Passados três anos, o número de cursos aumentou em 25 vezes e o de inscrições quadruplicou. 

CONTEÚDO

Com informação cooperativista em várias áreas do conhecimento, os 150 cursos da CapacitaCoop abrangem desde conteúdos básicos sobre o modelo de negócio, passando por legislação, tributos, governança e gestão, até inovação e desenvolvimento pessoal.

A carga horária varia de 30 minutos a 24 horas-aula, que podem ser percorridas nos horários em que o estudante quiser, de forma assíncrona. Os conteúdos são acessíveis por meio de computadores, tablets e celulares, inclusive pelo WhatsApp, basta ter acesso à internet. Ou seja, dá para assistir às aulas no intervalo do trabalho, nos fins de semana, no caminho de ida ou volta para a casa. 

O aluno pode escolher temas separadamente e montar uma programação de aulas de acordo com seus assuntos de interesse. Ele também pode acessar os conteúdos organizados em Trilhas de Aprendizagem, planejadas pela equipe do Sescoop para reunir cursos que levem a uma formação mais ampla. 

Atualmente, há 15 trilhas disponíveis: 

  1. Governança Participativa
  2. Programas de Capacitação para as Cooperativas Minerais
  3. Contabilidade e Tributação para Dirigentes
  4. Contabilidade e Tributação para Contadores
  5. Negócios Dinâmicos
  6. Soft Skills
  7. Programa Pesquisa Científica no Cooperativismo
  8. Universitário Cooperativo
  9. Conselheiros Administrativos: Desafios da Primeira Gestão
  10. Decisões Financeiras em Cooperativas 
  11. Caminho para a Excelência
  12. Como Desenhar Soluções Centradas no Usuário
  13. Liderança para Transformação 
  14. ESG - Environmental, Social and Governance
  15. Cooperativismo e Relações Governamentais 

Todas as trilhas estão  diretamente relacionadas ao cooperativismo e com soluções que atendem a desafios do dia a dia das cooperativas, cooperados e colaboradores. Tanto os cursos individuais quanto as trilhas são gratuitos, podem ser iniciados a qualquer momento e têm certificado emitido pelo Sescoop.

Vale destacar: a maior parte dos cursos da CapacitaCoop podem ser acessados por qualquer pessoa interessada nas temáticas oferecidas, sem necessariamente ser vinculada a uma cooperativa.  No entanto,  as cooperativas associadas ao Sistema OCB têm acesso a alguns conteúdos exclusivos. 

PRIMEIRAS LIÇÕES

Para quem quer entender o cooperativismo do começo e conhecer como funciona o nosso modelo de negócio, a primeira parada na plataforma CapacitaCoop é o curso Entendendo a Sociedade Cooperativa, com 10 horas-aula sobre os fundamentos e modelo de negócio cooperativista. 

“Também temos esse mesmo conteúdo em uma versão mais resumida e lúdica, em 4 horas-aula, em que, por meio da história fictícia de uma agricultora, é mostrado todo o passo a passo para se constituir uma cooperativa. O nome desse curso é Cooperativismo Primeiras Lições”, sugere Débora Ingrisano. 

As duas formações estão entre as mais procuradas do site (veja box abaixo).

Os cursos não dependem da formação de turmas para iniciar, ou seja, o estudante pode se matricular e começar as aulas imediatamente. 

"A jornada de aprendizagem na plataforma CapacitaCoop inclui atividades ao longo da formação, para fixar conhecimentos, e uma avaliação final. O estudante que percorre todo o conteúdo e atinge 70% de acerto na avaliação final recebe um certificado validado pelo Sescoop, com reconhecimento nacional", explica a gestora da plataforma.

A plataforma também oferece uma biblioteca de conteúdos com materiais de apoio como vídeos, entrevistas, ebooks e outras publicações. 

Cinco cursos mais procurados da plataforma CapacitaCoop

  1. Entendendo a Sociedade Cooperativa
  2. Cooperativismo - Primeiras Lições
  3. Governança Cooperativa: Princípios e Boas Práticas
  4. Mentalidade Ágil
  5. Gestão da Mudança
 

Como as cooperativas movimentam a economia

Se o cooperativismo fosse um estado brasileiro, teria a quarta maior economia do país, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Juntas, as cooperativas brasileiras produziram R$656 bilhões em receitas e ganhos em 2022, segundo os dados mais recentes do setor, divulgados no AnuárioCoop 2023.  

A soma dos ativos – total de bens e direitos das cooperativas – chega a R$ 996,7 bilhões, e mostra o tamanho e a relevância das cooperativas para a economia brasileira. 

Os resultados são impressionantes, mas a melhor parte é que eles vão muito além dos números. Cada real produzido pelo cooperativismo representa uma melhora verdadeira na vida das pessoas e também na economia. Afinal, onde tem cooperativa há mais trabalho, mais renda e mais prosperidade.

Um estudo inédito realizado pelo Sistema OCB e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) para avaliar os impactos do cooperativismo na economia brasileira confirma o que já sabíamos: o cooperativismo impacta positivamente a realidade do país nos mais diversos indicadores econômicos.

Entre os impactos calculados na pesquisa, o estudo revela que a presença de cooperativas em uma cidade leva a um aumento médio de R$ 5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, além de impactos na geração de empregos formais, na abertura de estabelecimentos comerciais e nas exportações. 

De acordo com o estudo, para cada R$ 1 real investido no cooperativismo há um incremento de R$1,65 em termos de produção na economia brasileira. Além disso, cada R$1 real movimentado pelas cooperativas gera um acréscimo de R$0,06 em impostos arrecadados. 

“Neste estudo do Sistema OCB e da FIPE, os dados evidenciam o que nós sempre defendemos, que o cooperativismo é um importante gerador de impacto positivo na economia e na sociedade brasileira. Onde tem cooperativa, há geração de valor e mais prosperidade para as pessoas”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Na prática, os números da pesquisa podem ser vistos de perto em várias partes do país, em municípios onde boa parte da população trabalha em uma cooperativa, consome alimentos produzidos por cooperados e tem conta em cooperativa de crédito. Até mesmo a energia da casa dessas pessoas é gerada e distribuída por uma coop. E tudo isso é possível porque  o cooperativismo está presente em diferentes setores da economia, da agricultura ao transporte de cargas. E tudo isso gera riqueza. Quer ver?

UMA CIDADE COOPERATIVA

 

Em Mato Grosso do Sul, a economia do município de São Gabriel do Oeste começou a crescer a partir da expansão da fronteira agrícola nos anos 1970, e se consolidou como pólo agropecuário e agroindustrial do estado, setores liderados pelas cooperativas. 

Impulsionada pelo cooperativismo em vários setores, a cidade hoje é uma referência de como nosso modelo de negócio pode transformar todo o panorama produtivo e econômico de uma região. 

As cooperativas da cidade trabalham de forma integrada. As de grãos, como a Cooperoeste, vendem para a Cooasgo, de suinocultores, que fabrica rações para seus cooperados e vende os suínos para a Aurora Coop, que tem uma planta na cidade. As cooperativas de transporte e as cooperativas de crédito atuam com todas. 

Quer conhecer mais sobre como é viver em uma cidade cooperativista como São Gabriel do Oeste? Assista ao primeiro episódio da segunda temporada da série SomosCoop na Estrada. 

O AGRO É COOP

No interior de Goiás, uma cooperativa mudou a trajetória do município de Rio Verde e ajudou a transformar a cidade na segunda maior produtora de soja do país. 

Fundada em 1975, por 50 associados, a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo) foi pioneira na instalação de sistemas de armazenagem de grãos e a primeira agroindústria de esmagamento de soja da região. 

O incremento na produtividade liderado pela Comigo atraiu outros gigantes do agronegócio para Rio Verde, entre eles empresas multinacionais. Em 20 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) do município subiu de R$1,9 bilhão para R$11,8 bilhões. Um impacto na economia que apenas o cooperativismo seria capaz de fazer.

Hoje, a cooperativa goiana tem 10,9 mil cooperados, emprega 3,5 mil colaboradores e registrou faturamento de R$ 15,6 bilhões em 2022. A Comigo é umas 1.170 cooperativas do Ramo Agro que tem transformado cidades inteiras por meio do trabalho digno e da distribuição justa de renda e resultados. 

Para se ter uma ideia do tamanho da presença do cooperativismo na agropecuária, mais da metade da produção (53%) do país passa pelas cooperativas. “Somos responsáveis por 75% do trigo, 52% da soja, 55% do café, 46% do leite, 53% do milho, 35% do arroz, 43% do feijão e 50% da proteína suína”, listou recentemente a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, em reunião no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). 

Se no campo o cooperativismo dá um show, nos outros setores da economia também não é diferente. Sabia que a maior rede de assistência médica do Brasil é de uma cooperativa? Com cobertura em 83% do território nacional e 17 milhões de clientes, o Sistema Unimed é considerado a maior experiência cooperativista na área da saúde em todo o mundo. O sistema cooperativo de médicos é umas das nove coops brasileiras entre as 300 maiores do mundo, com faturamento de US$ 14,83 bilhões, segundo ranking da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). 

A FORÇA DO TRABALHO

Além de produtos e serviços, as cooperativas brasileiras são campeãs em outro quesito fundamental para a economia: o trabalho. Primeiro para os cooperados, que muitas vezes empregam sua força de trabalho e são ao mesmo tempo sócios e donos das cooperativas, mas também com a geração de empregos formais para colaboradores. 

As coops brasileiras geraram 524 mil empregos diretos em 2022, número que cresce a cada ano e aumentou mesmo durante a pandemia, quando o desemprego subiu entre os brasileiros. O ramo Agro é o que mais gera postos de trabalho, com 249 mil; seguido do ramo Saúde, com 135 mil empregos, e do ramo Crédito, com 99 mil funcionários. No total, o cooperativismo investiu mais de R$ 25 bilhões no pagamento de salários e outros benefícios a seus colaboradores.

Além disso, as cooperativas injetaram mais de R$18,9 bilhões em tributos nos cofres públicos, ajudando a fazer diferença na vida dos cidadãos ao reinvestir seus resultados e trazer avanço para toda sociedade.

SERVIÇO

Quer conhecer mais coops que estão melhorando o Brasil? Acompanhe a série SomosCoop na Estrada, que está percorrendo o país para contar histórias como as que contamos aqui. 

Resultados compartilhados nas cooperativas de crédito 

Quando se trata das cooperativas de crédito, a força do cooperativismo como motor da economia tem mais um elemento: a distribuição dos resultados entre os cooperados. É isso mesmo, quando uma cooperativa de crédito fecha o ano com resultado financeiro líquido positivo, esse dinheiro é distribuído entre os cooperados. São as chamadas sobras, ou retorno cooperativo. 0

A devolução é proporcional às operações realizadas pelo cooperado: quanto maior o relacionamento e utilização de produtos e serviços da cooperativa, maior o retorno. Este ano, por exemplo, o Sicredi distribuiu R$ 2,5 bilhões entre seus cooperados, e o Sicoob compartilhou R$ 5,5 bilhões em resultados positivos, com base nos resultados alcançados pelas cooperativas em 2022. 

Com mais de 8,5 mil postos de atendimento, o cooperativismo de crédito é a maior rede de serviços financeiros do país, levando inclusão bancária a milhões de brasileiros. Em 275 municípios, as cooperativas são a única instituição financeira da cidade. 

Além disso, as cooperativas de crédito são especialistas em difundir a educação financeira entre os cooperados e a comunidade, ajudando milhões de brasileiros a ter uma relação mais saudável e próspera com dinheiro. 

 
 
 

20,5 milhões de cooperados e crescendo

O coop segue crescendo e chegando cada vez mais longe! Como modelo de negócios do presente e do futuro, é cada vez mais conhecido e reconhecido por brasileiros de todas as regiões do país que veem nele a melhor opção para produzir e oferecer serviços de qualidade e preço justo. Derramando prosperidade de forma igualitária e abrangente, o movimento atingiu 20,5 milhões de cooperados, o que representa 10% da população, de acordo com o último censo do IBGE. Além disso, para cada R$ 1,00 gasto no coop, R$ 2,92 é devolvido para a sociedade em forma de benefícios.

Os dados fazem parte do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023, divulgado nessa segunda-feira (7) e que apresenta também os resultados de pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para medir os impactos do movimento para a economia do país.  O número de empregos diretos criados por conta do movimento saltou de 493.227 em 2021 para 524.322 em 2022. A participação feminina entre os empregados atingiu 51% de representatividade, um aumento de 12% nos dois últimos anos. Nos cargos de liderança, em 2020, elas simbolizavam 17% e, em 2022, cresceram para 22%.

No total, são 4.693 cooperativas presentes em mais de 1,4 mil municípios que geram impactos positivos em outros ao seu redor. De acordo com a pesquisa Fipe, as cidades que contam com a presença de uma cooperativa têm crescimento econômico acima da média e gera mais empregos formais. Os ganhos econômicos medidos evidenciaram um Produto Interno Bruto de R$ 5,1 mil por habitante; 28,4 empregos formais a cada 10 mil habitantes; 16,8 estabelecimentos a cada mil habitantes; US$ 993,2 por habitante em valor exportado; US$ 121,5 por habitante em valor importado; e US$ 96,2 por habitante na forma de incremento de resultado (saldo) comercial.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, atribui os resultados prósperos ao comprometimento de todos os envolvidos nos sete ramos do coop (Agropecuário; Crédito; Consumo; Infraestrutura; Saúde; Trabalho, Produção de Bens e Serviços; e Transporte) com o bem comum. Segundo ele, os números expressam o quão sólido é o movimento, que continuará a crescer cada vez mais. “Estamos cada vez mais otimistas em relação ao alcance da meta BRC 1 Tri. Com certeza, até 2027, conseguiremos movimentar financeiramente R$ 1 trilhão, agregar 30 milhões de cooperados e empregar 1 milhão de pessoas”, afirma.

A movimentação financeira do coop em 2022 foi de R$ 655,8 bilhões, 25% superior ao ano anterior quando atingiu R$ 524,8 bilhões. Além disso, os ativos totais atingiram 996,7 bilhões, com uma aumento de 27% em relação a 2021. “Dar visibilidade à atuação cooperativismo brasileiro é estratégico para fortalecer nosso movimento e um convite para que mais se envolvam com esse ciclo virtuoso que promovemos. Certamente vamos alavancar ainda mais nosso modelo de negócios e essa prosperidade que promovemos permanecerá transbordando”, complementa o presidente Márcio.

A análise realizada pela Fipe demonstra ainda que, com base nos dados de ingressos de 2021, a produção resultante do cooperativismo alcançou um total de R$ 866,7 bilhões, o que representa um Valor Adicionado (VA) de R$ 462,4 bilhões (cerca de 6,1% do VA da economia brasileira e 5,2% do PIB) com R$ 30,9 bilhões em impostos arrecadados (cerca de 2,4% da arrecadação total). Além disso, o cooperativismo foi responsável por 10,1 milhões de postos de trabalho (9,4% da força de trabalho e 10,6% dos ocupados) e por R$ 174,6 bilhões em salários.

 
 
imagem em fundo azul mostra dois tablets com materias do O Globo e Valor Economico

Valor Econômico e O Globo reforçam importância do cooperativismo para o país

Nosso jeito diferente de fazer negócios ganhou novo destaque na imprensa e recheou páginas de de cadernos especiais produzidos pelos jornais Valor Econômico e O Globo. As matérias citam desafios do modelo de negócios, o reconhecimento internacional, os benefícios para cooperados e comunidades onde as cooperativas estão localizadas, além de oportunidades em diferentes setores que podem ser aproveitadas pelo movimento e por quem busca uma atividade econômica coletiva e com propósito.

Valor Econômico

Cooperativas buscam primeiro R$ 1 tri, que poderá chegar antes do previsto é o título da reportagem de capa do caderno especial do Valor Econômico. O texto faz referência ao Desafio BRC 1 Tri de Prosperidade, lançado pelo Sistema OCB que visa alcançar movimentação financeira de R$ 1 trilhão, congregar 30 milhões de cooperados e gerar 1 milhão de empregos até 2027. A matéria também destaca que o cooperativismo tem sucesso notório e aponta os atuais números do movimento.

 Outro destaque é a matéria Profissionais de TI em cooperativas buscam inovação em equipe. De acordo com o texto, o maior desafio do segmento é combater a falta de conhecimento do mercado sobre o modelo de trabalho nesse setor e a necessidade de transformação digital, que pode levar as cooperativas a aproveitarem novas oportunidades de negócios. Segundo entrevista com a analista técnico-institucional do Sistema OCB, Priscilla Silva Coelho, essas coops começaram a surgir em 1990 e ganharam força a partir de 2010.

A presença de cooperativas no ranking das 300 maiores empresas do mundo também rendeu texto específico no caderno especial do Valor. O texto Ranking das 300 maiores do mundo tem 9 cooperativas compartilha que nove coops brasileiras marcam posição na lista. O Sistema Unimed ocupa a 31ª posição com volume de negócios de US$ 14,8 bilhões e  é  a quarta maior emprega do segmento de Saúde. No ranking também estão a Coopersucar (60º lugar), Coamo (126º), Sicoob (137º), Sicredi (142º), Cooperativa Central Aurora de Alimentos (156º), C. Vale (183º), Cooperativa Agroindustrial LAR (199º) e Comigo (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano, (272º).

Os Sistema Unimed  e Uniodonto são citados na matéria Cooperativas de agro e saúde estão entre as que mais crescem. O jornal apresenta dados do World Cooperative Monitor (WCM), produzido pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e pelo Instituto Europeu de Pesquisa em Cooperativas e Empresas Sociais (Euricse) para mostrar que a Unimed integra o grupo das 22 cooperativas com maior volume de negócios.

As cooperativas são estratégicas para preservar a biodiversidade, segundo entrevista realizada com o pesquisador Alair Ferreira de Freitas, da Universidade Federal de Viçosa, que compõe a matéria Cooperativas são estratégicas para preservar biodiversidade, diz pesquisador. Alair pesquisa o papel das cooperativas de agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais no desenvolvimento sustentável da Amazônia e que dar visibilidade para essas cooperativas. “Queremos mostrar como elas são importantes para manter a floresta em pé”, afirma.

O pesquisador também cita o Radar de Financiamento, plataforma do Sistema OCB que lista oportunidades de incentivo à pesquisa e desmistifica a burocracia para acesso aos recursos públicos. Atualmente, há 142 oportunidades de financiamento e 56 delas trazem especificação de projetos ligados às práticas ESG (respeito ambiental, cuidado social e boa governança).

As vantagens do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo foram retratadas na matéria Rede aumenta participação no sistema financeiro, que demonstra o caráter inclusivo dessas organizações que têm papel central na oferta de produtos e serviços bancários em pequenos e médios municípios.  Outra reportagem sobre o segmento, aponta que ele representa 48% do total de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinados aos dois últimos Planos Safras.

Segundo o texto, as cooperativas são fundamentais para que os recursos sejam distribuídos por conta de sua capilaridade. “A principal modalidade utilizada para levar recursos até o campo e ao pequeno agricultor é a que se vale da intermediação de cooperativas de crédito rural credenciadas. Em três anos, o montante repassado por esses agentes mais que dobrou, saindo de R$ 5,6 bilhões na safra 2019/2020 para R$ 12,1 bilhões na safra 2022/2023, incluindo programas federais operados pelo BNDES e linhas permanentes que utilizam recursos próprios, como o crédito rural”.

O Globo

O caderno especial publicado pelo jornal O Globo também apresenta matérias sobre a força do modelo de negócios cooperativista e apresenta diversos cases e entrevistas com personagens cooperados que comprovam como o movimento consegue, de fato, gerar trabalho, renda e promover prosperidade. O principal destaque do caderno é a matéria Cooperativas crescem e trilham rota da inclusão social, que apresenta dados gerais sobre o cenário atual do cooperativismo na atualidade.

A reportagem Cooperativas ganham mercado no exterior divulga dados importantes sobre o crescimento da participação do setor no mercado internacional, além de cases de sucesso como os da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), em Minas Gerais, que exporta café, da Cooperativa de Produção,Economia Solidária de Agricultura de Campo do Brito (Coofama), em Sergipe, que comercializa mandioca para os Estados Unidos, da Coplana (SP), que produz amendoim com foco na Europa e da Cooperativa Agroindustrial APPC, em Pilar do Sul (SP), que vende frutas para a Europa, Oriente Médio e Ásia, além do Canadá.

A inclusão social promovida pelas cooperativas para pessoas em situação de vulnerabilidade também é destacada na matéria Cooperativas se profissionalizam e viram fonte de renda e inclusão para catadores. Já a reportagem Em busca de mais eficiência na gestão mostra como as cooperativas de transporte estão investindo para aprimorar seus serviços, impulsionar suas atividades e enfrentar a concorrência.

 

Podcast apresenta minissérie sobre o cooperativismo

Trabalhar em conjunto de forma sustentável para o alcance de objetivos e do bem comum é a tônica do movimento cooperativista. Em um mundo onde as novas gerações clamam por uma economia mais colaborativa, o coop se mostra cada vez mais atual e relevante. Embora contemple diversos segmentos da economia, e seus princípios e valores sejam anseios da sociedade, o movimento ainda é pouco compreendido pela população.

E é neste sentido que o podcast Braincast fez uma parceria com o Sistema OCB para viabilizar a primeira minissérie sobre o coop neste formato, denominada Coletividade em ação: Reinventando a Economia. Com abordagem de temas variados, o apresentador Carlos Merigo conta, em quatro episódios, a história e os impactos do movimento que já tem quase 200 anos de existência. Cada episódio tem uma duração média de 25 minutos e traz detalhes de como o cooperativismo une desenvolvimento socioeconômico e ambiental à produtividade e bem-estar coletivo e individual.

Para explorar com afinco as potencialidades do cooperativismo na pavimentação da economia do futuro, o apresentador recebe convidados de renome como historiadores especializados no movimento, cooperados, economistas, além de representantes do alto escalão do Sistema OCB.

Logo no primeiro episódio, E se você pudesse ter mais voz no seu trabalho?, o ouvinte entende de forma leve e instigante como surgiu o movimento na Inglaterra pós-Revolução Industrial, como chegou ao Brasil, quais os primeiros mercados a utilizar esse modelo de negócios com fundamentos e particularidades. Para engrossar o caldo, a conversa conta com a participação da gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, da gerente de relações institucionais, Clara Maffia, e do historiador especializado em coop, Alair Ferreira de Freitas.

O segundo episódio tem como tema Cooperativismo como você nunca viu, o ouvinte conhece os principais fundamentos do movimento e como ele funciona na prática. Neste bate-papo, o seguidor conhece de forma mais aprofundada a atuação nos Ramos Agro, Crédito, Transporte, Serviços, Energia e Saúde, por meio de histórias reais. Nele, participam o gerente de cooperativismo e experiência do cliente da cooperativa Cocamar, João Sadao; a médica pediatra e presidente da Federação Nacional das Cooperativas Médicas - FENCOM, Cáthia Rabelo; o cooperado da paranaense da Cocamar, Renato Watanabe, que fala do case Integração Lavoura-Pecuária-Floresta; além da gerente de relações institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia.

O episódio três, Cooperativismo como você nunca imaginou, evidencia a chave para o crescimento e expansão dos negócios por meio das inovações e práticas ESG – cuidado ambiental, responsabilidade social e boa administração (gestão e governança). Entre os convidados, estão o diretor-executivo do Sicoob do Espírito Santo, Nailson Dalla Bernadina; o head de Cooperativismo e Sustentabilidade/ESG, Romeo Balzan; e Lívia Maria Almeida Duarte, Presidente da Cooperativa Copresa, de Minas Gerais.

Construindo a economia do futuro é a abordagem do quarto e último episódio da série, que explora inspirações e ferramentas do coop para a construção de um futuro mais sustentável, coletivo, justo e igualitário. Participam do bate-papo o palestrante e especialista em inovação, Arthur Igreja; Débora Ingrisano, gerente de desenvolvimento de cooperativas do Sistema OCB, e Mário de Conto, superintendente do Sistema Ocergs.

 
 

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